Os cerca de mil sindicalistas da CGTP que se manifestaram, esta quarta-feira, em Lisboa, prometeram intensificar a luta contra "a exploração e o empobrecimento" e apelaram à participação de todos os trabalhadores na greve geral de 22 de março.
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A posição foi assumida numa resolução aprovada ao final da tarde junto à residência oficial do primeiro-ministro, no final de um protesto de dirigentes e ativistas sindicais integrado numa ação de luta europeia contra a austeridade.
Os manifestantes assumiram o compromisso de "intensificar o esclarecimento e mobilização para a luta em defesa dos seus direitos e interesses contra o pacote de exploração e empobrecimento, assim como de prosseguir o combate firme e determinado contra a política de desastre nacional, de desvalorização do trabalho e de ataque ao papel das funções sociais do Estado".
"Esta é uma luta de todos os que estão a ser atacados na sua dignidade e nos seus direitos pela atual política do Governo do PSD-CDS/PP", diz a resolução aprovada em São Bento em que foi reforçado o apelo à participação na greve geral convocada pela CGTP.
No documento é afirmado que a situação de Portugal "está a agravar-se dramaticamente com a aplicação das medidas de austeridade impostas pelo Governo do PSD-CDS/PP, que resultam do memorando de entendimento assinado com a 'troika' estrangeira (UE, BCE e FMI) e que têm provocado ainda mais recessão, maior exploração dos trabalhadores e aumento dos níveis de empobrecimento das famílias".
"Só a rutura com esta política pode permitir um novo caminho para o desenvolvimento, o crescimento económico e o combate às desigualdades. A saída da crise passa por uma política de desenvolvimento que contemple a dinamização do sector produtivo, pela dinamização do mercado interno, pelo crescimento e criação de emprego; pela valorização do trabalho e pela dignificação dos trabalhadores", defende a resolução.
O desfile desta tarde de quarta-feira fez ao som de palavras de ordem como "O FMI não manda aqui" ou "A ofensiva é brutal, a greve é geral".