"Portugal continua a bater recordes de investimento empresarial mesmo com a incerteza global"
Na véspera da cimeira luso espanhola em Viana do Castelo, o Primeiro-Ministro participou num jantar com mais de quarenta empresários daquela região organizado pela associação SEDES, presidida por Álvaro Beleza. E traçou um cenário de otimismo em relação ao futuro de Portugal que continua a crescer acima de média europeia e a bater recordes de investimento empresarial.
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"Talvez fiquem surpreendidos. Eu próprio fiquei, quando vi os dados da AICEP, em que mesmo com toda a incerteza que estamos a viver com uma guerra na Europa como ninguém conhecia desde os anos 40, no primeiro semestre foi registado o maior nível de investimento empresarial de que há registo", declarou António Costa, adiantando que "o número de empresas estrangeiras que nunca tinham tido qualquer atividade em Portugal e que concretizaram intenções de investimento, ao longo desde ano vão em 43, estão 90 no pipeline de apreciação e 23 com intenções de tomarem a decisão até ao final do ano". "Entre os investimentos das empresas portuguesas e estrangeiras, temos batido sucessivos anos recordes de máximos de investimento e mesmo este ano em que a incerteza global é grande, voltamos a ter um novo recorde", sublinhou.
Numa noite dedicada a debater os desafios de futuro da região do Alto Minho e perante uma sala cheia de empresários, além de autarcas e individualidades da região, o Primeiro-Ministro, lembrou que os fundos de apoio disponíveis para as empresas nos próximos anos, aumentaram "90 por cento". "Entre as verbas que no PT 2020 estava reservada às empresas e as que entre o PRR e o PT 2030, estão reservadas às empresas, há um aumento de 90 por cento. De cerca de cinco mil milhões de euros passamos para 11 mil milhões de euros", afirmou.
Durante a sua intervenção, António Costa elencou "condições" que colocam Portugal numa posição animadora em relação ao futuro e até considerou "alcançável" a meta da SEDES que defende que Portugal atinja a média do Produto Interno Bruto (PIB) da União Europeia em 2036. "Para atingir a média europeia, seja em que ano for, só há uma forma, que é todos os anos crescermos acima dessa média. Portanto, é essa meta que temos de conseguir. Conseguimos em 2016, 2017, 2018, 2019, 2021, 2022, 2023 e há que continuar, 2024, 2025, 2026 e espero que assim continuemos. E se não for em 2036, que seja em 2037 ou 38, mas vamos à procura dessa meta porque essa meta é alcansável", declarou.