A taxa de desemprego manteve-se nos 6,1% no terceiro trimestre, a mesma taxa do trimestre anterior e 0,1 pontos percentuais acima do mesmo período de 2022, informou, esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Entre julho e setembro, a população desempregada, estimada em 326.100 pessoas, aumentou 0,5% (1400) em relação ao trimestre anterior e 4,4% (13.700) relativamente ao homólogo.
Já a taxa de subutilização do trabalho foi estimada em 11,3%, o que representa uma diminuição de 0,1 pontos percentuais do segundo para o terceiro trimestre e uma estabilização face ao mesmo trimestre do ano passado.
Para o aumento homólogo da população desempregada contribuíram, sobretudo, os acréscimos nos seguintes grupos populacionais: homens (9.900; 7,1%); pessoas dos 16 aos 24 anos (13.800; 20,5%) e dos 55 aos 74 anos (13.600; 29,4%); que completaram, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico (10.700; 8,9%); à procura de novo emprego (7300; 2,7%); e desempregados há menos de 12 meses (24.800; 13,7%).
Entre julho e setembro, 37,0% da população desempregada encontrava-se nesta condição há 12 ou mais meses (desemprego de longa duração), um valor inferior em 4,9 pontos percentuais ao do trimestre anterior e em 5,2 pontos ao do trimestre homólogo.
A população inativa com 16 e mais anos fixou-se em 3.518.000 pessoas, representando 70,7% da população inativa total e tendo diminuído em relação ao trimestre anterior (17.200; 0,5%) e ao homólogo (73.700; 2,0%).
No terceiro trimestre, a população empregada foi estimada em 5.015.500 pessoas e aumentou 0,5% (26.800) em relação ao trimestre anterior e 2,2% (109.200) relativamente ao trimestre homólogo.
A taxa de emprego correspondente situou-se em 57,4%, tendo aumentado 0,2 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2023 e 1,0 pontos percentuais relativamente ao terceiro trimestre de 2022.
Para a evolução homóloga da população empregada contribuíram, principalmente, os acréscimos nos seguintes agregados: mulheres (58.300; 2,4%); pessoas dos 25 aos 34 anos (37.000; 4,0%); com ensino secundário ou pós-secundário (97.600; 6,4%); empregados no setor dos serviços (113.700; 3,2%), trabalhadores por conta de outrem (119.500; 2,9%), com contrato sem termo (59.200; 1,7%); e a tempo completo (62.000; 1,4%).
Segundo o INE, a proporção da população empregada em teletrabalho foi de 16,6% (833.000 pessoas), menos 1,7 pontos percentuais do que no segundo trimestre do ano.
Entre os que indicaram trabalhar regularmente em casa mediante um sistema que concilia trabalho presencial e em casa, o sistema de combinação mais comum foi o que conjuga alguns dias por semana em casa todas as semanas (70,8%; 232.200), tendo sido igualmente o sistema que registou a maior variação trimestral (mais 1,6 pontos percentuais do que no segundo trimestre de 2023) e homóloga (mais 4,9 pontos percentuais do que no terceiro trimestre de 2022).
Os empregados num sistema híbrido trabalharam em casa, em média, três dias por semana.
Ainda entre os que trabalharam em casa, 94,9% (833.000) estiveram em teletrabalho, ou seja, utilizaram tecnologias de informação e comunicação (TIC) para desempenhar as suas funções a partir de casa.
Este regime de prestação de trabalho abrangeu 16,6% do total da população empregada, menos 1,7 pontos percentuais do que no trimestre anterior e mais 0,4 pontos percentuais do que em igual período de 2022.