Ministério das Finanças reiterou que não há justificação para injectar no BPP mais verbas estatais, justificando a decisão com a falta de interesse público na operação.
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"O Governo [reafirma que] não existe interesse público relevante que justifique o envolvimento adicional de quaisquer dinheiros públicos no BPP, independentemente da forma e condições que pudesse assumir", referiu o Ministério das Finanças em comunicado.
O comunicado do ministério de Teixeira dos Santos não comenta a compra por um euro do BPP pela Orey Antunes, afirmando que as "alterações ao nível da estrutura accionista, directa ou indirectamente, do BPP, é matéria que apenas aos próprios diz respeito". Isto "sem prejuízo do cumprimento das disposições legais aplicáveis e dos poderes das entidades reguladoras", frisa ainda o comunicado, que diz também que, "além da salvaguarda dos depósitos, o Governo procurou, igualmente, acautelar, o mais possível, os interesses dos clientes de Retorno Absoluto".
Segundo o comunicado do Ministério das Finanças, está já em fase de conclusão uma proposta de solução a apresentar por instituições bancárias nacionais, na sequência do pedido de apresentação de propostas efectuado pelo Conselho de Administração do BPP, nomeado pelo Banco de Portugal.
Em Dezembro de 2008, o Banco de Portugal decidiu intervir no BPP, nomeando uma administração provisória, liderada por Fernando Adão da Fonseca, para acompanhar um plano de salvamento da instituição, que inclui um empréstimo negociado junto de seis outros bancos portugueses, no valor de 450 milhões de euros.
A Sociedade Comercial Orey Antunes informou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que adquiriu a totalidade do BPP e de duas 'holdings' do Grupo Privado Português pelo preço simbólico de um euro.