Resultado líquido das cinco maiores instituições financeiras do país superou os 1,2 mil milhões no primeiro trimestre. Caixa foi a que mais lucrou, mas Santander liderou no crescimento.
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O setor financeiro tornou a fazer um brilharete no arranque do ano, com os cinco principais bancos a operar em Portugal a anunciarem um resultado líquido agregado na ordem dos 1,22 mil milhões de euros até março, uma subida de 33%, ou de 305,1 milhões em valores absolutos, face ao período homólogo. Em causa está um montante que representa um lucro diário de 13,46 milhões de euros, ou, indo mais longe, de 560 mil euros por hora, segundo os cálculos feitos pelo DN/Dinheiro Vivo.
Com rácios de rendibilidade que se situaram entre os 15% e os 28%, o BPI, Caixa Geral de Depósitos (CGD), Millennium BCP, Novobanco e Santander Totta conseguiram manter a
resiliência no primeiro trimestre de 2024, continuando a beneficiar da política de juros altos. Este é um cenário que os banqueiros antecipam que se aligeire no decorrer do ano, com a expectável normalização das taxas diretoras do Banco Central Europeu.
Embora tenha observado a taxa de variação mais baixa entre os cinco, o BCP - que, tal como a CGD e o BPI, tem atividade internacional, através de participações em bancos no exterior, que são contabilizados neste somatório - ocupa a terceira posição da tabela, com lucros globais de 234,3 milhões de euros, mais 8% face ao primeiro trimestre de 2023. À semelhança do exercício anterior, o Novobanco surge em quarto lugar, ao dar conta de 180,7 milhões, que são reflexo de uma melhoria de cerca de 22%, isto é, de 32,3 milhões de euros.