Isabel dos Santos, segunda maior acionista do BPI, através da empresa Santoro, vai propor que se iniciem conversações entre o BPI e o BCP com vista a uma fusão. O objetivo será o de travar a Oferta Pública de Aquisição do CaixaBank sobre o BPI, liderado por Fernando Ulrich.
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A concretizar-se esta fusão, que já foi tentada anteriormente pelos dois bancos, Angola fica com um posição dominante num futuro banco, uma vez que a Sonangol detém a maior posição acionista no BCP, que juntaria posição à da Santoro, de Isabel dos Santos, no BPI.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disse ter pedido esclarecimentos a Isabel dos Santos sobre uma eventual fusão entre o BPI e o BCP, noticiada pelo Expresso "online".
A CMVM, diz fonte oficial à agência Lusa, "pediu esclarecimento conforme previsto nos procedimentos de supervisão de informação de emitentes".
O CaixaBank anunciou a 17 de fevereiro a intenção de adquirir a maioria do capital do BPI por 1,329 euros por ação, num total de 1,082 mil milhões de euros.
O banco catalão é o maior acionista do BPI, com 44,1% do banco, contando com quatro membros no Conselho de Administração do banco português, seguindo-se a empresária angolana Isabel dos Santos, através da Santoro, com 18,6%, e o Grupo Allianz, com 8,4%.
O CaixaBank ofereceu 1,329 euros por cada ação do BPI, um valor que representou um prémio de 27% face ao valor das ações um dia antes do anúncio. Contudo, o CaixaBank poderá estar a ser pressionado a elevar a oferta.