Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, acusou hoje, terça-feira, o Governo de estar a "fazer chantagem" com a Lei de Finanças Regionais.
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Alberto João Jardim falava à saída da reunião semestral do executivo madeirense, que se reuniu extraordinariamente no Santo da Serra, para avaliar o andamento do programa de governo.
O governante considera que aquilo que se está a passar é um "pretexto para evocar eleições antecipadas".
Para Alberto João Jardim não é a oposição que está a derrubar o Governo, porque "os portugueses darão a resposta a tudo isto", mas sim "um Governo que ameaça ir-se embora perante a comunidade internacional e perante as dificuldades que Portugal tem, ameaça ir-se embora, por causa de um aumento de uma despesa de 0,05 por cento".
"É um termo feio, mas é chantagem", concluiu.
O presidente do governo regional afirmou mesmo que tudo o que se está a passar com a polémica à volta da Lei de Finanças Regionais está a provocar divisões dentro do PS. "Eu sei do incómodo que isto está a provocar, porque pessoas esclarecidas do PS não gostam de ver o seu primeiro-ministro e o seu ministro das Finanças a assumir compromissos de natureza obsessiva", disse.
O responsável considerou que as recentes declarações de Almeida Santos, feitas no domingo na sessão de encerramento do congresso regional do partido socialista, são um indicador da divisão.
"Ainda há dias ouvi o dr. Almeida Santos, presidente do partido, dizer que a Lei de Finanças Regionais era justa. Só que havia um critério de oportunidade, porque ele também não podia dar uma sova completa ao seu partido", disse.