<p>O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, afirmou hoje, quarta-feira, na Autoeuropa, em Palmela, que a greve geral é um "enorme sucesso" com consequências políticas, mostrando a José Sócrates e a Pedro Passos Coelho que não representam o país.</p>
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"A greve geral vai ter enormes consequências: vai a mudar o país e vai começar a mudar a política. Vai mostrar a José Sócrates e a Pedro Passos Coelho que eles não representam o país e que há uma maioria que quer sensatez, que quer decência na economia, quer justiça no fisco", disse.
"Isto quer dizer que queremos uma política para criar emprego, para combater a precariedade, para defender os reformados, que são os mais pobres, e para trazer consistência à economia, respostas e futuro", acrescentou o dirigente bloquista.
Francisco Louçã falava aos jornalistas durante um encontro com o piquete de greve da fábrica de automóveis da Autoeuropa, empresa que decidiu parar as linhas de montagem face à perspetiva de uma grande adesão dos trabalhadores à greve geral.
"Até agora a greve é um grande sucesso. Estão a abrir as fábricas, mas sabemos que a greve, nos serviços públicos, nos transportes, a CP, o Metro, em Lisboa, no Porto, noutras cidades, está a ser um enorme sucesso, porque os sindicatos se juntaram", disse.
"A greve geral é um enorme sucesso porque esta é a única forma de a democracia, de milhões de trabalhadores olharem para o Governo e dizerem: nós não desistimos do país, nós não baixamos os braços, não damos livre curso aos agiotas, não permitimos que a PT distribua dividendos (este ano) para não pagar imposto, não permitimos ser roubados todos os dias, quando nos reduzem os salários ou nos retiram o abono de família", acrescentou.
O dirigente do Bloco de Esquerda defendeu ainda que a paralisação desta quarta feira constitui uma mensagem clara contra as políticas e contra a "irresponsabilidade" do Governo de José Sócrates.
"Perante a irresponsabilidade de um Governo que entrega o país ao FMI e que vai aceitando a degradação da economia, nós aqui estamos a defender todos por todos, e essa é a força da democracia", concluiu.