O Grupo BPI obteve lucros de 313,2 milhões de euros em 2016, mais 32,5% do que em 2015, divulgou a instituição liderada por Fernando Ulrich.
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Para estes resultados contribuiu a atividade internacional com 166,3 milhões de euros, mais 16% face ao ano anterior, o que se deve sobretudo à operação angolana, onde o BPI tinha em 2016 a maioria do capital do Banco de Fomento de Angola (BFA).
Entretanto, já em janeiro, a participação do BPI no BFA foi reduzida para 48,1%, tendo a operadora angolana Unitel agora a maioria do banco africano.
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Já a atividade em Portugal deu um lucro líquido ao BPI de 147 milhões o ano passado, um aumento de 58% em termos homólogos.
Os lucros registados em 2016 são os maiores desde 2007, quando o banco rendeu 355 milhões de euros positivos.
Analisando a conta de resultados, o ano passado, a margem financeira consolidada aumentou 14,4% face a 2015, para 407,4 milhões de euros, com o produto bancário a avançar 7,5%, para 716,6 milhões de euros.
Por despesas, os custos de estrutura consolidados ficaram praticamente estabilizados em 497,9 milhões de euros, com os gastos com pessoal a subirem 1,9%, para 308 milhões de euros.
Contudo, há que referir que os valores relativos a 2015, com base nos quais é feita a comparação com 2016, são valores "proforma", em que a operação do Banco de Fomento de Angola (por o BPI ter deixado de controlar) passa já a estar representada na rubrica "operações em descontinuação", sendo assim diferentes dos valores reportados no final do ano de 2015.
Olhando apenas para a atividade do BPI em Portugal, a margem financeira cresceu 14,3%, para 406 milhões de euros, e as comissões líquidas subiram 1,5%, para 259,7 milhões, o que contribuiu para o produto bancário aumentar 7,4%, para 715,4 milhões de euros.
Já os depósitos de clientes subiram 5%, para 19,8 mil milhões de euros, e o crédito ficou praticamente igual, nos 22,7 mil milhões de euros.
O banco liderado por Artur Santos Silva e Fernando Ulrich divulgou ainda hoje que o ROE (Return on Equity), que avalia a rentabilidade dos capitais próprios, foi de 13,4% em 2016.
Por fim, o BPI fechou 2016 com um rácio de capital 'common equity tier 1' de 11,4% com os critérios de transição e de 11,1% com as regras completamente executadas,