O número de campistas está a diminuir desde 2008, revelam dados do Instituto Nacional de Estatísticas hoje, segunda-feira, divulgados, que contabilizam 6,7 milhões de dormidas nos parques em 2009, a maioria de portugueses.
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Esta redução de dormidas nos parques, que se regista desde 2008, ano em que se registou uma quebra de três por cento face ao ano anterior, contrasta com o aumento de campistas que se vinha registando desde 2005, ressalva o instituto.
"A actividade turística nos parques de campismo entre 2005 e 2009 caracteriza-se por duas fases distintas: um período mais recente, marcado pela evolução negativa das dormidas de campistas, com reduções homólogas de três por cento em 2008, e de 0,6 por cento em 2009, que contrasta com a fase de crescimento verificada no período de 2005 a 2007", revela o Instituto Nacional de Estatísticas (INE), no boletim "Turismo em Foco".
Mas no ano passado, os parques de campismo nacionais registaram 6,7 milhões de dormidas de campistas, mantendo-se ainda abaixo do total de dormidas registadas em 2006.
Entre 2005 e 2009 registou-se quase uma estagnação no número de parques de campismo em Portugal: passaram de 227 em 2005 para 225 em 2009, mas registaram um aumento de 4,5 por cento na capacidade de alojamento média por parque de campismo (768 campistas em 2005 e 803 em 2009) que se traduziu num aumento da capacidade total dos parques.
No conjunto dos últimos cinco anos, a actividade dos parques de campismo nacionais teve um acréscimo de 2,3 por cento no número de campistas e manteve o volume de dormidas de campistas, com uma TVMA de 0,6 por cento.
Situação “desfavorável” nos dois anos mais recentes
"Importa contudo salientar que nos dois anos mais recentes a evolução da actividade dos parques de campismo foi desfavorável, evidenciando ainda, em 2009, ligeiros decréscimos homólogos, tanto no número de dormidas de campistas (6 750 milhares, ou seja, menos 0,6 por cento face a 2008) como no total de campistas (1 719 milhares, menos 1,6 por cento).
Os residentes em Portugal corresponderam ao principal mercado, assegurando em 2009 cerca de 72 por cento do total de dormidas de campistas.
Apesar disso, contabilizando os últimos cinco anos de actividade dos parques de campismo, houve uma diminuição da importância relativa do mercado interno nas dormidas de campistas, que representavam 75,2 por cento em 2005 e diminuíram para 71,5 por cento em 2009.
Sobre o mercado estrangeiro, os campistas oriundos de França e Espanha, no seu conjunto, representavam quase metade do total de dormidas de campistas estrangeiros em 2009, sendo aquelas principais origens as maiores subidas relativas na distribuição de dormidas entre 2005 e 2009 (2,7 pontos percentuais no caso da Espanha e 1,2 pontos percentuais no caso da França).
Pelo contrário, os mercados dos Países Baixos e do Reino Unido, registaram diminuições nas dormidas de campistas, reduzindo as quotas respectivas em um ponto percentual e 0,6 pontos percentuais.