A chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu, esta sexta-feira, perante o seu grupo parlamentar um perdão da dívida grega maior do que o calculado inicialmente, ou seja, superior aos 21% decididos na cimeira de Julho.
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Fontes do grupo parlamentar CDU/CSU, citados pela agência de notícias Efe, relataram que Merkel afirmou que a dívida grega poderá estar sujeita a um desconto maior do que 21% já que este é insuficiente para resolver a crise orçamental do país.
As mesmas fontes disseram ainda que Merkel vai fazer na próxima quarta-feira uma declaração perante o Bundestag, prevista para hoje, sobre a crise de dívida. A declaração vai acontecer pouco antes da cimeira de Bruxelas.
Durante a reunião do grupo parlamentar, a chefe do governo Alemão também defendeu ainda o adiamento de decisões sobre o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) para 26 de Outubro, próxima quarta-feira, quando será realizada uma nova cimeira europeia.
Segundo as mesmas fontes, a chanceler minimizou o adiamento para quarta-feira das decisões que deveriam ser tomadas na cimeira domingo.
Merkel garantiu que o atraso se deve mais a questões técnicas na formulação dos acordos do que às possíveis diferenças entre a Alemanha e a França.
Na mesma reunião, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, disse que a Alemanha não vai aceitar o pedido da França para criar uma licença bancária para o FEEF, que teria assim os atributos de uma instituição financeira.
Ainda assim, Schäuble sublinhou que existe entre os parceiros da Zona Euro um amplo consenso de que se deve continuar a negociar com base em acordos e regulamentos vigentes.