O Metropolitano de Lisboa atribuiu a "um acentuado aumento da fraude" e à "redução da mobilidade urbana" o facto de ter tido menos 11% de passageiros no segundo trimestre de 2013.
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"Esta quebra, que foi sentida, de forma generalizada, em todos os operadores de transporte na AML [Área Metropolitana de Lisboa], reflete uma redução na mobilidade urbana mas, sobretudo, um acentuado aumento da fraude, como tem sido constatado nas ações de fiscalização que o Metropolitano tem desenvolvido", justifica a empresa, num comentário enviado à Agência Lusa.
O Metro adianta, contudo, que "prevê uma melhoria gradual da procura" nos resultados do segundo semestre de 2013.
De acordo com dados revelados na terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Metro de Lisboa continuou a perder passageiros no segundo trimestre de 2013, com uma diminuição homóloga de 11,1%, um fenómeno que já se vem verificando desde o segundo trimestre de 2010.
A taxa de utilização foi de 24,7% (relação entre o número de passageiros e os lugares oferecidos) e também ficou abaixo dos valores registados no período homólogo (29,8%).
O Metro do Porto recuperou 4,6%, após a trajetória negativa dos três trimestres anteriores.
O INE revelou que a perda de passageiros abrandou em todos os modos de transporte face aos trimestres anteriores.
No transporte ferroviário, a queda de 3,4% foi mais moderada do que no primeiro trimestre (-13,8%), o mesmo acontecendo com as ligações interurbanas, cujo decréscimo de 1,7% foi inferior aos -10,1% registados no trimestre anterior.
Também o transporte fluvial apresentou uma diminuição homóloga de 1,4%, menos acentuada do que os -11% observados nos primeiros três meses de 2013.