O ministro do Emprego, Pedro Mota Soares, defendeu que a descida da taxa de desemprego "demonstra o realismo da previsão do Governo" no Orçamento do Estado para 2015 e dá "esperança e confiança".
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"Este número que temos hoje já é muito próximo do número que o Governo prevê para o próximo ano, acho que isso demonstra o realismo da previsão do Governo. Há todas as condições para, do ponto de vista da economia, do ponto de vista da recuperação do emprego, que esse número no próximo ano venha a ser uma realidade", afirmou Pedro Mota Soares aos jornalistas no parlamento.
Segundo dados divulgados pelo gabinete de estatística da União Europeia (Eurostat), a taxa de desemprego em Portugal voltou a descer em setembro, para 13,6%, abaixo dos 13,9% de agosto e menos 2,1 pontos percentuais do que os 15,7% de há um ano. No Orçamento do Estado, o Governo prevê uma taxa de desemprego de 13,4% para 2015.
"São dados francamente positivos e que tem de nos dar esperança e confiança", disse o ministro da Solidariedade, do Emprego e da Segurança Social.
"Têm que nos dar esperança porque há 20 meses consecutivos que o desemprego tem vindo a ser reduzido em Portugal", argumentou, acrescentando que também dão "esperança a quem está numa situação de desemprego e quer regressar ou ingressa pela primeira vez no mercado de trabalho".
Por outro lado, Mota Soares afirmou que os dados do Eurostat "dão confiança", relativamente à "recuperação da economia" estar "a gerar postos de trabalho".
"O caminho que temos que continuar a fazer é este, o de estimular a economia, o de estimular o crescimento.
Segundo o Eurostat, Portugal registou, em setembro, uma das maiores quedas homólogas da taxa de desemprego entre os Estados-membros da União Europeia. Na Hungria, a queda foi maior (de 10% para 7,6%, mas com dados referentes a agosto) e em Espanha a taxa caiu os mesmos 2,1 pontos (ao passar de 26,1% para 24%).