Os depósitos e créditos do Espírito Santo Bank (Miami, Estados Unidos) e do Aman Bank (Líbia) ficam no Novo Banco, tal como aconteceu com o BES Angola, de acordo com a decisão comunicada pelo Banco de Portugal.
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O objetivo é, segundo um comunicado do supervisor e regulador bancário divulgado na segunda-feira à noite, "não prejudicar as operações comerciais e bancárias entre o Novo Banco e as entidades em causa".
No entanto, acrescenta-se, não são transferidas "quaisquer responsabilidades ou contingências para o Novo Banco que tenham origem naquelas instituições", sobretudo as que sejam "decorrentes de fraude" ou que violem as disposições do regulador.
O Banco de Portugal clarificou hoje os ativos e passivos que são transferidos para o Novo Banco.
Antes desta clarificação, já tinha sido conhecido que a totalidade das participações do BES no BES Angola, no banco de Miami e no líbio Aman Bank ficam no "bad bank" (banco mau, antigo BES).
O Banco de Portugal tomou no domingo 3 de agosto o controlo do BES e anunciou a sua separação num "banco bom", denominado Novo Banco, e num "banco mau" ("bad bank"), na prática um veículo que fica com os ativos tóxicos do BES e cuja gestão foi nomeada pelo supervisor e regulador bancário.
Ao "banco bom" foi anunciada ainda uma injeção de capital de 4,9 mil milhões de euros.