O Plano Estratégico dos Transportes foi publicado, esta quinta-feira, em Diário da República e é apresentado pelo Governo como "o caminho a seguir" para "tornar o sector financeiramente equilibrado e comportável para o país".
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No documento, o Executivo afirma que os níveis de endividamento das empresas de transportes públicos triplicaram nos últimos dez anos, atingido em 2010 os 16,7 mil milhões de euros.
"Se não forem introduzidas fortes reformas estruturais neste sector, as projecções (...) indicam que no final do horizonte deste programa (2015) atingiremos um endividamento estimado de mais de 23 mil milhões de euros.
Assim, o PET avança com a fusão da Carris com o Metro de Lisboa, da Transtejo com a Soflusa e do Metro do Porto com o STCP.
A privatização da TAP, da ANA e a abertura à iniciativa privada da exploração dos serviços de operação dos transportes públicos constam também do documento.
O PET estabelece ainda o fim do TGV e do novo aeroporto de Lisboa, a desactivação de algumas linhas ferroviárias e investimentos a realizar na rodovia, ferrovia e portos marítimos.
No documento hoje publicado pode ler-se que, sem esta reforma, "o futuro do sector ficará comprometido a médio e longo prazos".
"A não realização das reformas necessárias, evidentes e urgentes de que o sector carece, apenas serve para agravar, ainda mais, a situação económico-financeira" do país, lê-se.