Portugal deve receber mais mil milhões de euros do que estava previsto no empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia, elevando o envelope financeiro total para 79 mil milhões de euros.
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De acordo com o relatório da Comissão Europeia que analisa os resultados da quinta avaliação ao programa português, divulgado na quinta-feira, o valor total previsto atualmente para o empréstimo a Portugal já não é 78 mil milhões, mas sim 79 mil milhões de euros.
Este aumento deve-se à quota-parte do FMI no empréstimo a Portugal ser estipulada em direitos de saque especiais, que consiste num 'cesto' de divisas que é transformado em euros na altura do desembolso, ficando assim à mercê das taxas de câmbio dessas divisas.
Neste caso, como a taxa de câmbio do euro é mais baixa, o valor a desembolsar em euros passa a ser maior, e Portugal recebe à partida mais dinheiro, como tem vindo a ser hábito nas transferências trimestrais do programa.
No entanto, na altura de reembolsar o empréstimo ao FMI Portugal vai estar sujeito às mesmas regras, e a variação cambial pode implicar valores mais altos a pagar que os recebidos e vice-versa.