A transportadora aérea Ryanair informou esta terça-feira que cancelou 190 voos de um total de 2400 previstos para sexta-feira, no âmbito da greve dos tripulantes de cabine das bases de Espanha, Bélgica, Holanda, Portugal, Itália e Alemanha.
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Em comunicado, a companhia de baixo custo garantiu que mais de 90% dos voos agendados não serão afetados pela "desnecessária greve por uma pequena minoria de tripulantes de cabine" em seis países.
Todos os clientes afetados receberam esta manhã e-mails ou mensagens de telemóvel com avisos sobre os cancelamentos, acrescentou a empresa irlandesa.
Em causa, segundo a companhia, estão 30 mil de um total de 450 mil passageiros que poderão ser afetados e a quem pediu desculpa.
"A Ryanair lamenta sinceramente estas interrupções desnecessárias para os clientes que foram convocadas pelos sindicatos a pedido dos funcionários das companhias aéreas concorrentes", lê-se no comunicado da transportadora, que reafirmou que, em Espanha e em Portugal, o protesto foi marcado por tripulantes de outras companhias.
Em Itália, a greve foi convocada por um "pequeno sindicato que não tem reconhecimento ou apoio entre os tripulantes de cabine", garantiu a empresa, recordando ter chegado a acordo na segunda-feira para o contrato coletivo de trabalho com três sindicatos italianos.
A Ryanair enumerou o "progresso significativo" alcançado nas últimas semanas nas negociações com os sindicatos de pilotos e tripulantes de cabine na Irlanda, Reino Unido, Itália e Alemanha, acrescentando que convidou as organizações sindicais na Bélgica, Holanda, Espanha, Portugal e Alemanha para conversações.
A transportadora referiu ter concordado em adotar contratos locais, assim como legislação e tributação locais, o mais rápido possível até 2019, desde que haja acordos com os sindicatos nacionais.
Assim, a Ryanair afirmou a sua "desilusão" pelos representantes dos trabalhadores incluírem tripulantes de outras companhias que fazem "campanhas pela greve, perturbam os clientes e prejudicam as operações da Ryanair em benefícios dos seus empregadores".
Os tripulantes têm reivindicado a aplicação das leis laborais nacionais e não da irlandesa.
Os pilotos da Holanda, associados do VNV, anunciaram que se associarão à greve de 24 horas de sexta-feira.