O presidente do Novo Banco, António Ramalho, disse esta terça-feira que os bancos terão de continuar a reduzir custos e considerou que há uma "intolerância do mercado" para novas subidas nas comissões.
Corpo do artigo
"A nossa capacidade de nos reajustarmos sobre custos mais baixos é real", afirmou António Ramalho, na conferência "Banca do Futuro", em Lisboa, referindo ainda que os bancos deverão "abandonar alguns negócios onde não há rentabilidade suficiente".
O presidente do Novo Banco considerou que há atualmente "intolerância do mercado face a subida das comissões" e que face a essa impossibilidade de cobrar custos "transparentes" terá de se enveredar pela redução dos custos.
"Esta subsidiação acabará por impor às instituições financeiras o nome do jogo, que é 'custos'", afirmou.
Segundo noticiou o "El Confidencial", o Novo Banco prepara-se para despedir 66 dos seus trabalhadores em Espanha, o equivalente a 27% dos seus trabalhadores no país vizinho.
O jornal espanhol cita fontes financeiras, avançando que o Novo Banco propôs aos sindicatos realizar um "Expediente de Regulácion de Empleo" (ERE), o equivalente a um despedimento coletivo.
Questionado sobre este processo, António Ramalho limitou-se a confirmar a reestruturação da operação em Espanha, mas sem detalhar o processo.