<p>A DECO lançou hoje, às 7 horas da manhã, uma petição online para incentivar o Governo a reduzir as taxas extras da factura da electricidade. Contas feitas, 42% do que se paga não tem a ver com os gastos. São custos acessórios.</p>
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No final do mês, 42% da factura da luz corresponde a "custos de interesse geral", o que significa que quase metade da factura paga em nada tem a ver com os gastos reais das famílias com electricidade. Contas feitas pela DECO, que lançou uma petição na internet para tentar forçar a redução dos custos.
"Estes 42% vão, no próximo ano, representar 2,5 mil milhões de euros, uma quantia fantástica", ironizou Jorge Morgado, secretário geral da DECO, em declarações à RTPN.
Ana Cristina Tapadinhas, jurista da empresa, em declarações ao jornal Público, disse que a factura é composta por três parcelas: 31% corresponde aos custos de produção, 27% ao uso das redes de distribuição e 42% a "Custos de Interesse Geral". Esta última parcela diz respeito aos custos do fomento das energias renováveis, a rendas pagas aos municípios e à amortização do défice tarifário.
Face a estes custos, a DECO quer exigir, junto do Governo, um corte de 10% no excedente das facturas. Caso contrário, para o próximo ano, estima-se que o aumento definido de 3,8% no preço da electricidade poderá significar um aumento real superior a 10%. Situação incompreensivel, tendo em conta que se trata de um bem essencial, disse Ana Tapadinhas.
Para Jorge Morgado, é urgente repensar esta situação. O secretário-geral da DECO dá como exemplo o país vizinho. Tendo implementado este regime, os espanhóis viram diminuir os valores das suas facturas de electricidade.
A DECO já escreveu ao Governo a pedir uma audiência com o ministro da Economia e convidam todos os consumidores a assinarem a petição.