A reunião de concertação social agendada para quarta-feira foi adiada a pedido da CIP - Confederação da Indústria Portuguesa "por impossibilidade de agenda", confirmou fonte oficial da confederação que representa os patrões.
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O pedido de adiamento por parte da confederação presidida por António Saraiva deve-se a "razões de agenda institucional da CIP", confirmou a mesma fonte, acrescentando que "tal como a CIP não podia comparecer às 18.00 horas, outros parceiros não podiam [comparecer] em horas anteriores".
Inicialmente, explicou, a reunião de concertação social esteve agendada para a manhã de quarta-feira, tendo passado para as 16.00 horas do mesmo dia e, posteriormente, para as 18.00 horas.
Entretanto, contactado pela Lusa, o Ministério da Economia confirmou o adiamento da reunião, não apresentando oficialmente motivos para essa decisão.
A reunião de quarta-feira era encarada como fundamental para se alcançar um acordo entre o Governo, os patrões e a UGT, a única central sindical disposta a negociar com o Executivo, mas a manutenção da proposta de aumento do horário de trabalho em meia hora "inviabiliza qualquer tipo de acordo e é uma matéria sem discussão", argumentou o secretário-geral da UGT, João Proença, em declarações à Lusa.
Também as alterações ao subsídio de desemprego deveria ser discutidas na reunião de quarta-feira, uma vez que o Governo afirmou na semana passada, em Conselho de Ministros, que iria adiar a aprovação das novas regras, argumentando que tencionava aguardar pela próxima reunião em sede de concertação social.