Rui Pedro Soares, que hoje, quarta-feira, renunciou ao cargo de administrador da PT, garantiu que nunca teve qualquer "comportamento indevido" e que não praticou atos "lesivos dos interesses" da operadora, segundo a carta de renúncia
Corpo do artigo
Na carta enviada ao conselho de administração da Portugal Telecom, , a que a Lusa teve acesso, Rui Pedro Soares afirma que decidiu renunciar ao cargo de administrador "para não estar limitado no exercício" dos seus direitos de defesa em relação às "calúnias" de que diz ter vindo a ser alvo publicamente.
Rui Pedro Soares diz que renunciou ao cargo para que a sua "presença nos órgãos sociais da PT não possa servir para que o bom nome e reputação da empresa sejam lesados por terceiros mal intencionados".
"Nenhum comportamento indevido me pode ser imputado e posso afirmar, em são consciência, não ter praticado ou procurado alguma vez praticar qualquer ato lesivo dos interesses da PT SGPS, mas não posso permitir de forma alguma que as infundadas calúnias de que venho sendo alvo afetem negativamente a imagem ou a reputação do grupo PT", lê-se na carta.
Rui Pedro Soares diz ainda que está "à disposição da empresa para esclarecer tudo o que entender necessário no contexto das diligências que venham a ser desencadeadas em cumprimento das suas normas internas".
Rui Pedro Soares, 36 anos, era administrador executivo da PT desde 2006, tendo iniciado em 2009 um segundo mandato.
Rui Pedro Soares tinha a tutela da PT Associação de Cuidados de Saúde, que gere os cuidados de saúde do grupo, bem como a administração imobiliária e a segurança, para além dos patrocínios institucionais e das relações com autarquias.