Os trabalhadores da Securitas nos aeroportos do Porto, Madeira e Porto Santo anunciaram, na terça-feira, uma greve para sábado, contra a recusa da empresa em pagar o trabalho suplementar e feriados de acordo com o Contrato Coletivo de Trabalho.
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A delegada do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) Charlene Dias adiantou que a "a empresa já não paga feriados nem horas extra desde o início do ano e recusa-se a entrar em acordo com os trabalhadores ou com as organizações sindicais".
A mesma sindicalista explicou que desde o início do ano que a Securitas não paga as horas extra e que desde maio não paga os feriados de acordo com o Contrato Coletivo de Trabalho em vigor, acrescentando que já foi entregue o pré-aviso de greve.
Uma vez que a greve será feita aos feriados e trabalho suplementar, e dado que sábado é feriado, a representante sindical previu que a paralisação deverá ter uma "grande adesão" pelos cerca de 400 trabalhadores dos três aeroportos.
Em caso de ausência destes trabalhadores aeroportuários, que fiscalizam tripulação, passageiros e staff, "não haverá ninguém a entrar para o lado de embarque" e podem registar-se mesmo "voos cancelados".
Contudo, segundo a Securitas, "todos os colaboradores da Securitas em Portugal, incluindo os vigilantes afetos ao serviço nos Aeroportos do Porto, Funchal e Porto Santo auferem a remuneração relativa ao trabalho suplementar e feríados, de acordo com o estipulado na legislação em vigor".
Em comunicado, a empresa diz também que "o SITAVA não solicitou um encontro para discussão destes temas".