O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil desconvocará a greve de três dias, mas só se o Governo aceitar alargar o acordo assinado com a TAP à SATA .
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"Existe um princípio de entendimento" e "caso sejam cumpridos os pressupostos em que assenta", então será desconvocada a greve dos dias 21, 22 e 23 de março, explicou o comandante Jaime Prieto, do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil.
"O Governo tem de ratificar estes pressupostos do princípio de entendimento [com a TAP e a Sata] e tem de ser garantida a replicação dos seus efeitos no grupo Sata. Não vamos permitir que haja portugueses de primeira e outros de segunda", frisou Jaime Prieto.
O comandante considera ainda assim que "o acordo é frágil", uma vez que "ainda não estancará a emigração de pilotos", mas sublinha que "está aberta uma via de comunicação suficiente" para explicar e discutir com o Governo a realidade das empresas.
O responsável falava após a assembleia-geral do sindicato para discutir o assunto com os associados, na qual estiveram mais de 500 pilotos.
Já na segunda-feira, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) decidiu em assembleia-geral aceitar desconvocar a greve, desde que haja garantias de que o acordo com a TAP e SATA tem a ratificação do Governo de Portugal e do Governo Regional dos Açores.
Na sexta-feira, a administração da TAP e os sindicatos chegaram a um princípio de acordo para desconvocar a greve, uma solução extensível à PGA e à SATA, mas alguns sindicatos convocaram assembleias-gerais para discutir o assunto com os seus associados, como está definido nos respetivos estatutos.
Na sexta-feira, o porta-voz da plataforma sindical da TAP, André Teives, explicou que o entendimento foi possível porque a empresa garantiu que ia retirar as medidas de adaptação orçamental aplicadas em 2011 e 2012 aos trabalhadores, para evitar uma dupla penalização, dado que desde fevereiro lhes está a ser aplicado o corte salarial imposto no Orçamento do Estado ao setor público.