A administração da TAP e os sindicatos chegaram, esta sexta-feira, a um princípio de acordo para desconvocar a greve convocada para os dias 21, 22 e 23 de março, disse fonte sindical.
Corpo do artigo
Há sindicatos, nomeadamente o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), que terão agora que submeter este princípio de entendimento à consideração das respetivas assembleias-gerais.
Entretanto, fonte oficial da TAP disse à Lusa que neste princípio de entendimento, esclareceu-se os trabalhadores da companhia aérea de que "não serão alvo de uma dupla penalização em virtude da aplicação integral da Lei do Orçamento do Estado para 2013".
Assim, acrescenta a mesma fonte, "este princípio de entendimento deverá, nos próximos dias, ser objeto de ratificação tanto por parte do Governo como por parte de assembleias sindicais".
A companhia aérea adianta ainda que "acredita que estão criadas as condições para se verificar em breve a normalização laboral da empresa", motivo pelo qual decidiu "abrir, desde já, as suas reservas nos voos dos dias 21 a 23".
A TAP, espera assim, ainda recuperar parte do tráfego.
Na terça-feira, dia 12, o presidente da TAP, Fernando Pinto, disse que, até ao dia anterior, já tinham sido canceladas 21 mil reservas de voos para os dias da greve, um protesto que, a concretizar-se, teria um custo de 15 milhões de euros.
Os sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP, PGA e SATA entregaram o pré-aviso de greve para os dias 21, 22 e 23 de março, em protesto contra os cortes salariais na companhia área.
Em fevereiro, a TAP implementou os cortes salariais determinados para a generalidade da função pública e das empresas do setor empresarial do Estado, entre os 3,5% e os 10%, a aplicar a salários brutos superiores a 1500 euros.