McDonald's investe 100 mil euros por ano em bolsas de estudo que beneficiam 200 funcionários. Patrícia e Teresa, de Gondomar, são duas das contempladas.
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São as duas de Gondomar, mas não se conheciam antes. Patrícia Fernandes, 21 anos, e Teresa Mota, de 27, viram o seu empenho profissional ser reconhecido. A trabalharem em part-time ao mesmo tempo que estudavam, as alunas universitárias foram duas das contempladas pelo Programa Nacional de Bolsas de Estudo da McDonald"s.
Desde o ano passado que a marca apoia 200 trabalhadores por ano, ajudando-os a prosseguirem os estudos. Para isso, conta com um investimento anual de 100 mil euros.
Patrícia e Teresa receberam cada uma 500 euros, dinheiro que utilizaram para pagar as propinas, "mas que também podia ser utilizado na compra de livros científicos", contou ao JN Patrícia, funcionária da loja do Parque Nascente.
Como forma de atestar o sucesso durante todo o ano letivo, a McDonald"s distribuiu o valor da bolsa pelos dois semestres. A antiguidade dos trabalhadores é um dos critérios de seleção.
Patrícia recorda que 24 de setembro de 2018 "foi o primeiro dia de tudo: na faculdade e de quando comecei também a trabalhar na McDonald's". "Lembro-me que queria ter mais independência e ganhar algum para, por exemplo, comprar o passe", contou.
Inspiração
Inspirada por algumas amigas que já trabalhavam na marca - na loja do Parque Nascente 90% dos funcionários são trabalhadores/estudantes" - a jovem licenciada em Educação Social fala da "melhor experiência que podia ter tido".
Tanto que agora que já finalizou o curso, a "treinadora" (formadora dos funcionários com menos experiência), há três anos na McDonald's não pensa "para já" deixar o trabalho.
Teresa tinha 19 anos quando começou a trabalhar na empresa de fast-food, em Rio Tinto, e nota que ter sido beneficiada pela bolsa "trouxe um maior compromisso" no trabalho. Ainda que, depois de terminado o mestrado integrado em Psicologia, tenha agora de abandonar o trabalho para concluir o estágio profissional. "Sei que terei sempre as portas abertas", referiu.
Jorge Azevedo, franquiado da McDonald's e dono de nove lojas no Grande Porto, ouve as histórias das duas jovens com "emoção". "Conciliarem o trabalho com os estudos trouxe-lhes um grande crescimento pessoal. Apesar de uma delas estar prestes a abandonar-nos, não consigo deixar de me sentir muito feliz por aquilo que a bolsa lhes proporcionou", rematou.
8500 colaboradores dos restaurantes da marca em todo o país podem candidatar-se ao Programa Nacional de Bolsas de Estudo, criado no ano passado pela Mcdonald"s.
Antiguidade
Sendo a grande maioria dos funcionários trabalhadores/estudantes, a McDonald"s escolheu a antiguidade na casa como fator determinante de seleção.
Comprovativos
Os candidatos à bolsa têm também de ter um bom desempenho no trabalho, ter comprovativos de matrícula e prova do aproveitamento escolar. Cada bolseiro escolhido recebe 500 euros.