União dos Sindicatos de Lisboa acusa PSP de agressões ao piquete de greve dos CTT
<p>A União dos Sindicatos de Lisboa acusou hoje, quarta-feira, a Polícia de agressões ao piquete de greve dos trabalhadores dos CTT em Cabo Ruivo, situação negada pela PSP que diz estar no local para garantir que quem quer trabalhar o faça.</p>
Corpo do artigo
Num email enviado à agência Lusa, a União dos Sindicatos de Lisboa refere que os "trabalhadores dos CTT em Cabo Ruivo estão hoje em greve constituindo um piquete de greve nestas instalações, estando a ser alvo de agressões por parte da Polícia de Intervenção".
"Esta é uma violação clara do direito à Greve, tentando obstaculizar o papel dos piquetes de greve", acrescenta a nota.
Em declarações à agência Lusa, via telefone, José Oliveira, do secretariado permanente do Sindicato Nacional dos Correios e Telecomunicações, explicou que o piquete de greve é constituído por cerca de "60 elementos enquanto que a polícia tem no local cerca de 80 elementos que estão a cumprir as ordens dos senhores que estão sentados na administração dos correios.
"Já houve carga policial, uns empurrões ao piquete de greve", sublinhou José Oliveira ao salientar que o piquete está no local para "tentar impedir a entrada ou saída de camiões de empresas que trabalham para os CTT e que estão a transportar correio para as estações quando esse trabalho é habitualmente feito por funcionários dos correios".
O mesmo responsável sindical garantiu que os "trabalhadores dos CTT que não aderiram à greve estão a entrar e a sair das instalações sem qualquer problema porque ninguém os pode obrigar a aderir ao protesto".
"Mas os CTT estarem a utilizar empresas privadas que habitualmente não realizam esta tarefa é ilegal porque estão a substituir trabalhadores em greve", acrescentou.
Contactada a polícia de Lisboa, o oficial de serviço disse, sem se identificar, que a "polícia está no local para garantir que as pessoas que querem trabalhar o possam fazer".
"Estão a obstruir a saída dos carros com correio, quem quer trabalhar está a ser impedido e aquilo que posso dizer é que estamos no local para garantir a saída dos carros com correio e que quem quer trabalhar o pode fazer", explicou sem, contudo, acrescentar mais detalhes.