Um encontro sobre novas gerações com estudantes, em Lisboa, foi o mote para o líder do PCP perguntar aos jovens se chegarão ao ponto de fazer "harakiri", ritual suicida cometido por guerreiros samurais.
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Após várias intervenções por parte da plateia, Jerónimo de Sousa dramatizou a escolha no próximo dia 5. O candidato da CDU questionou-se se "os jovens podem ser masoquistas ao ponto de se agredirem a si próprios votando nos partidos" que subscreveram o acordo para a ajuda externa e as respectivas medidas de austeridade.
Às novas gerações pediu, pelo contrário, para "castigarem aqueles que os tratam mal". A juventude portuguesa está, no entender de Jerónimo de Sousa, perante "uma encruzilhada e um dilema" nas próxima eleições. A propósito, alertou que "em capitalismo nunca os direitos são perpétuos" e acenou com um retrocesso em relação aos direitos conquistados no 25 de Abril.
Recuperando a defesa da renegociação da dívida pública, o líder do PCP aproveitou para criticar os bloquistas, notando que os comunistas apresentaram no início de Abril essa proposta. "Estivemos 15 dias sozinhos nessa proposta e depois lá veio Bloco", apontou.