Maria João Matos realça que a marca Jogos Santa Casa é a que "mais apoia" o desporto nacional, tendo lembrado os "melhores resultados de sempre" nos últimos Jogos Olímpicos, realizados em Tóquio (Japão).
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Maria João Matos vê com satisfação o regresso da Taça de Portugal ao palco "onde foi feliz". Depois de dois anos de afastamento do Jamor, devido à covid-19, o regresso ao Estádio Nacional, que ainda para mais estará cheio de adeptos, facilita e dificulta o trabalho da diretora de comunicação e marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Facilita porque a entidade regozija-se por poder comunicar num "ambiente de festa e diversão", mas que dificulta porque o tempo despendido é enorme, entre "horas antes" do espetáculo que se prolongam até "horas depois".
Dois anos depois, a Taça de Portugal Placard está de volta ao Estádio Nacional. Quão importante é, para a marca Jogos Santa Casa, a decisão de a prova voltar para o seu "palco natural"?
-Julgo que é um dos casos em que é bom voltar ao sítio onde fomos felizes: os adeptos voltarão a celebrar a festa da Taça no estádio que nos habituou a acolher a final e os clubes voltarão a festejar junto da sua massa adepta o êxito desportivo. E é esta importância que as marcas retiram deste regresso ao Jamor: é-lhes permitido, de novo, a presença e comunicação de marca num ambiente de festa e diversão, que já não tinham desde então. É uma reaproximação que se antevê mais forte e sentida para todos os envolvidos.
Sendo o troféu mais emblemático do futebol português, aquele que coloca frente a frente os "maiores" com os mais "pequenos", o facto de um dos clubes ter vindo a surpreender tudo e todos ao longo das várias eliminatórias até chegar a esta final marca este regresso como uma bonita metáfora.
Trabalhar para uma final com perspetiva de estádio cheio implica que outro tipo de desafios?
- Qualquer evento que envolva multidões carece de pilares fulcrais que nenhum promotor e marcas associadas podem descurar. O futebol tem o poder de mobilizar milhares de pessoas, obrigando a uma preparação de todos os envolvidos no evento da final que tem de ser minuciosa, com trabalhos iniciados horas antes do início do jogo e que só terminam algumas horas depois. Nesta final, o compromisso entre a capacidade de antever imprevistos e de resolvê-los são possivelmente os maiores desafios.
Regresso Final da Taça de Portugal Placard de novo no Jamor, ao cabo de dois anos de ausência, é motivo de satisfação para Maria João Matos, diretora de comunicação e marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Que tipo de iniciativas podemos esperar para esta partida?
- A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e o seu Departamento de Jogos encontram nestas iniciativas e nos seus parceiros o mote para a inclusão como ferramenta para novidades para todos os que vivem os eventos desportivos com fair-play e boa disposição. Queremos deixar essas surpresas para quem nos visite na final.
"Os adeptos voltarão a festejar a festa da Taça nos estádio que nos habituou a acolher a final"
A parceria entre os Jogos Santa Casa e a Taça de Portugal começou em 2015. A intenção de prolongar esta ligação mantém-se?
- As parcerias geram-se pelo alinhamento de valores e objetivos. Esta ligação tem representado isso mesmo, trazendo, os naturais benefícios para os envolvidos, com um valor agregador que se distingue e acaba por se repercutir nas ações conjuntas. Simultaneamente, procuramos valorizar o trabalho feito e o que ainda falta fazer, tornando possível haver espaço para futuro.
O ano de 2022 foi marcado pelo levantamento gradual das restrições relativas à covid-19. Os pedidos de apoio acompanharam este regresso da sociedade ao normal? Ou, por outro lado, a pandemia deixou feridas no desporto que ainda vão demorar a cicatrizar?
- 2020 e 2021 foram os anos mais desafiantes para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa nas últimas décadas. Acudimos a diversas frentes e em alguns casos por tempo praticamente indeterminado. Perceber as gritantes fragilidades sociais, que sem o nosso apoio teriam colapsado, acresceu-nos de responsabilidade que obrigou a esforços internos imensos.
O facto de o desporto também ter voltado em pleno, traduziu-se na melhoria da atividade dos Jogos Santa Casa para níveis pré-pandemia?
- O desporto ter voltado em pleno significa que o nosso apoio serviu objetivamente para ajudar os nossos parceiros. Não esqueçamos que voltar em pleno significa também que durante todo o tempo anterior houve uma quebra vertiginosa de atividade de todos os nossos parceiros no desporto. Durante esse tempo, o cunho social dos Jogos Santa Casa não se alterou um milímetro, mesmo com o ambiente social a chamar por nós. Não só honrámos os compromissos com todos os nossos parceiros no Desporto como, mesmo saídos deste momento especialmente conturbado para todos, fomos mais além, acrescentando alguns novos apoios aos parceiros Jogos Santa Casa. Este regresso mais recente aos eventos traduz-se naturalmente numa melhoria da atividade dos Jogos Santa Casa.
Que projetos têm para o futuro?
- Começo por dizer que os Jogos Santa Casa são a marca que mais apoia o Desporto em Portugal. A pegada que temos vindo a deixar no desporto português representa a responsabilidade que assumimos com o desporto. Mais que este lastro, temos a consciência do que isso representa para as federações, Comités e instituições desportivas e, fundamentalmente, para o desenvolvimento desportivo português no seu todo. Do ponto de vista desportivo, ficamos radiantes com o facto de os resultados internacionais de atletas portugueses de modalidades que contam com o nosso apoio serem cada vez mais frequentes. Vejam-se os últimos Jogos Olímpicos e os Jogos Surdolímpicos, onde Portugal teve os melhores resultados de sempre. Gostaríamos de continuar a desenvolver projetos que permitam o desenvolvimento do desporto de forma holística e, talvez, mais ambiciosa. Queremos mais Desporto Adaptado, queremos mais desporto feminino, queremos mais desporto acessível.
"O futebol tem o poder de mobilizar milhares de pessoas, obrigando a uma preparação de todos os envolvidos"
Responsabilidade social sempre presente no plano de atividades
Ao nível da responsabilidade social, e sendo a marca Jogos Santa Casa muito ativa neste capítulo, o que foi feito nestes primeiros meses de 2022 e o que está projetado para o resto do ano?
- Arrancámos 2022 ainda no levantamento gradual das restrições respeitantes à pandemia e, por isso, com bastante cuidado. Ainda assim, destaco o relato ao vivo dos jogos da Seleção Nacional para um conjunto de invisuais em pleno estádio, em conjunto com o departamento de responsabilidade social da Federação Portuguesa de Futebol. Num momento de apuramento para o Mundial de Futebol, driblamos a diferença de forma inesquecível. Paralelamente ao financiamento, por via dos patrocínios desportivos, temos vindo a trabalhar no desenvolvimento do pré e pós carreira desportiva. O projeto IMPULSO Bolsas de Educação Jogos Santa Casa é o exemplo disso, sendo já uma referência no seio dos atletas olímpicos e paralímpicos. Parcerias como esta transmitem-nos que, com tempo, os resultados aparecem, munindo o desporto do que verdadeiramente precisa. Até final do ano, temos um vasto leque de iniciativas... mencionando apenas alguns, teremos a realização de mais uma edição do World Bike Tour, em que iremos entregar um conjunto de hand bikes a utentes com mobilidade reduzida; a realização do curso de condução defensiva em conjunto com a Federação de Motociclismo de Portugal ou, por exemplo, o batismo em veículos tipologia SSV para utentes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa portadores de deficiência, ou o curso de iniciação à adaptação ao meio aquático destinado também aos nossos utentes em conjunto com a Federação Portuguesa de Natação.