Até 10 de julho, na Quinta da Fiação de Lever, mais de 500 artistas, oriundos de 17 nacionalidades, mostram os seus trabalhos na 4.ª edição da Bienal Internacional de Arte Gaia.
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O projeto estende-se pelo país, com mais oito espaços de exposição, nomeadamente Alfândega da Fé, Esposende, Funchal, Gondomar, Monção, Santa Marta de Penaguião, Viana do Castelo e Vila Flor.
A edição deste ano tem a maior área de exposição de sempre em Vila Nova de Gaia, com 13 exposições dispostas por 6 mil metros quadrados. "A quarta edição da Bienal Internacional de Arte Gaia 2021 acontece num ano desafiante em que os artistas são chamados a expressar emoções e reações à pandemia, ao confinamento, ao impacto do coronavírus na nossa sociedade", destacou Agostinho Santos, diretor da Artistas de Gaia - Cooperativa Cultural, responsável pela organização da iniciativa.
"A vida mudou, o mundo parou, mas a arte não deixou de acontecer, de expressar, de reagir. E a prova disso é o apoio da Direção-Geral das Artes, pela primeira vez, num ano em que realizamos a maior edição de sempre, com mais espaço de exposição, novos polos em diferentes cidades e abordagens mais ambiciosas" acrescentou.
«A Democracia é uma obrigação de todos os dias» é o título de uma dessas exposições. Trata-se de um trabalho que reúne 25 artistas plásticos e 25 escritores para mostrar 25 obras de abril e conta com curadoria do escritor de Vila do Conde Valter Hugo Mãe.
«O coronavírus não destrói a criatividade» é a exposição que conta com a curadoria de António Rocha. Reúne a perspetiva de 176 artistas de oito países sobre reações e consequências da pandemia, a par do «Novo Dicionário Covid».
Nesta edição, destaca-se a exposição «Novos Orientes», da autoria dos arquitetos Álvaro Siza e Carlos Castanheira que, sob a curadoria de Manuel Novaes Cabral, leva a Vila Nova de Gaia o projeto MoAE - Museum of Art Education, em Huamao, em Ningbo, China, que recentemente arrecadou o Prémio Archdaily, na categoria «Cultural Architecture Building of the Year 2021».
No ano em que se comemoram 45 anos da Constituição da República, a vereadora da CDU na Câmara Municipal do Porto, Ilda Figueiredo, é a curadora da exposição «Paz e Constituição».
A violência doméstica é o tema abordado por Jorge Marinho, numa exposição individual intitulada: «Vidas Marcadas». Humberto Nelson reúne obras que defendem várias abordagens em «Museu de Causas/Coleções Agostinho Santos».
Do programa consta ainda a exposição coletiva «Artistas Convidados», "na qual alguns dos maiores nomes da arte contemporânea dialogam com jovens artistas", numa curadoria do diretor do evento, Agostinho Santos, que integra ainda debates, colóquios, ateliês e outras iniciativas culturais e recreativas.