Aumentar a segurança e a flexibilidade da exploração, bem como reforçar a capacidade para comboios de mercadorias, é o principal objetivo da total renovação em curso do troço da Linha do Norte referente a Gaia, num total de 14,2 quilómetros.
Corpo do artigo
A obra, que representa um investimento de 55,3 milhões de euros, foi adjudicada em fevereiro de 2020 e, em julho do mesmo ano, a Infraestruturas de Portugal procedeu à sua consignação ao consórcio constituído pela construtora portuguesa DST e pelos espanhóis da AZVI. A decisão foi tomada depois de o Tribunal de Contas ter concedido o visto prévio necessário ao respetivo contrato, tendo a empreitada um prazo previsto de 660 dias.
"Com a execução desta empreitada haverá um conjunto de benefícios económicos totais muito significativos tanto para as pessoas como para as empresas", garante a Infraestruturas de Portugal (IP). Ainda de acordo com a IP, "a intervenção insere-se no programa Ferrovia 2020 - Corredor Norte/Sul, mais concretamente na modernização do troço Ovar (Válega) - Gaia, o qual, representa um investimento global de cerca de 166 milhões de euros".
"A intervenção no Corredor Norte - Sul, onde se inclui este troço de via, destina-se a tornar o serviço ferroviário mais competitivo e eficiente no transporte de passageiros e mercadorias e reforçar a ligação entre o Norte e o Sul do país", afirma a Infraestruturas de Portugal.
"Prevê-se uma diminuição dos acidentes, com a eliminação de todas as passagens de nível existentes neste troço, aumentando assim a segurança e a fiabilidade do serviço ferroviário e da mobilidade. Com as intervenções nas plataformas, nomeadamente o seu alteamento, alargamento e aumento do seu comprimento, espera-se uma melhoria no conforto e segurança dos passageiros, dotando as estações de melhores acessibilidades. Haverá igualmente ganhos para o transporte de mercadorias, com a criação de duas vias de resguardo eletrificadas com 750 metros de extensão, aumentando assim a capacidade da via", acrescenta a IP.
A obra inclui, de igual modo, a "renovação integral da superestrutura de vida, alteração do "layout" das estações da Granja e Devesas, a substituição integral de um trecho de catenária com oito quilómetros de extensão, a eliminação de todas as passagens de nível existentes neste troço (rodoviárias e pedonais), através da construção de 16 desnivelamentos e a renovação de três desnivelamentos existentes".
Esta empreitada integra a candidatura aprovada pelo COMPETE 2020 e pela Comissão Europeia, com a designação "Linha do Norte - Modernização do troço Ovar-Gaia (2.ª fase)", com um investimento total de 159 milhões de euros, correspondendo a um apoio do Fundo de Coesão de 85%.