Primeira grande obra do Plano de Recuperação e Resiliência deverá custar 50 milhões de euros.
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Já foi lançado o concurso público internacional para a conceção de uma nova ponte sobre o rio Douro, que permitirá concretizar a segunda linha de metro de Vila Nova de Gaia.
Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, não tem qualquer dúvida quanto à necessidade da criação da segunda linha de metro entre Gaia e o Porto. "Vai permitir uma ligação numa lógica de intermodalidade com a estação das Devesas, o que significa que verdadeiramente retirarmos as pessoas de uma excessiva concentração junto à estação de General Torres e daí para baixo, para o Porto, quando na verdade querem ir à Boavista ou à Foz", detalha.
"Esta modalidade vai permitir que os comboios suburbanos ou de linha nacional que venham do Sul possam rebater com a linha de metro e que, a partir das Devesas seguindo para a Arrábida, tenham o seu percurso em transporte público ambientalmente eficiente para o Campo Alegre, Polo Universitário e Casa da Música", explica ainda.
O autarca destaca dois objetivos principais desta obra: "Descongestionar a Linha Amarela - a mais rentável, mas com mais procura, da rede de metro do Porto - e aliviar o trânsito da Ponte da Arrábida, que tem um congestionamento enorme".
Nova Ponte
A nova travessia, que servirá o metro, mas também peões e modos suaves de mobilidade, irá ligar o Porto (Campo Alegre) e Gaia (Candal), entre as pontes da Arrábida e de Luís I e servirá uma nova linha de metro que ligará a Casa da Música e Santo Ovídio, passando pela Estação das Devesas, onde fará interface com os comboios. A sua construção, à quota alta, será cerca de um metro mais alta do que a Ponte da Arrábida - dando acesso a um túnel que irá até à Casa da Música.
Na escolha do projeto vencedor, a qualidade estética e a integração na paisagem vão ser fatores decisivos, com o Governo a referir que, mais do que o projeto de engenharia, a parte mais complexa da obra será conjugar esta ponte "com as outras pontes do Douro".
Quatro meses para apresentação de projetos
O concurso, lançado a 16 de março, deverá ficar concluído até julho. Serão as diferentes propostas que ditarão o cálculo final do custo da obra e da sua exequibilidade. À partida, o Governo tem uma estimativa de cerca de 50 milhões de euros.
Durante a apresentação pública da abertura do concurso foi referido que esta será a primeira grande obra do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Após o concurso de ideias e a escolha do projetista, a empresa Metro do Porto acredita que a obra será executada entre 2023 e 2026, em simultâneo com a nova linha.