A Plataforma de Acolhimento e Tratamento Animal (PATA) está já em pleno funcionamento, tendo vindo colmatar algumas necessidades sentidas, durante muito tempo, pelo Centro de Reabilitação Animal de Gaia (CRA), nomeadamente ao nível da falta de espaço e de celas.
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Enquadrada numa área verde, nas proximidades do Parque Biológico, com uma área de cerca de 36 mil metros quadrados (quatro vezes mais do que as anteriores instalações do CRA), a PATA está estruturalmente dividida em três grupos:
- Formar: tem acesso pelo interior e é independente pelo exterior, permitindo o seu uso mais flexível e autónomo dos horários de funcionamento do equipamento. Destina-se a um centro de formação vocacionado, sobretudo, para ações de sensibilização contra o abandono dos animais, bem como sobre os cuidados a ter com os mesmos;
- Cuidar: destinado a áreas administrativas, de tratamento e de apoio ao alojamento dos animais, incluindo, ainda, um gatil;
- Alojar: são os edifícios anexos que ocupam as posições mais reservadas e protegidas, de modo a garantir o bem-estar dos animais. Destina-se ao seu alojamento, oferecendo maior capacidade do que a atual e contando, ainda, com algumas novidades, como a maternidade, uma área de recreação e um parque canino.
A PATA tem, assim, as valências necessárias para os cuidados e tratamentos dos animais, contribuindo para uma melhoria das suas condições. Tem um total de 80 jaulas para cães e dez para gatos, e ainda uma zona de infetocontagiosas e jaulas para seniores. No total, pode alojar 150 a 170 animais - uma média de dois cães por jaula e dez gatos, já que estes têm de ficar sozinhos.
O edifício inclui, também, uma zona lúdica mais ampla onde os animais possam circular e fazer determinado tipo de treino. Esta infraestrutura, que resulta de um investimento municipal de 1,3 milhões de euros, vem, deste modo, acrescentar mais valências à atual oferta do Município de Gaia.
Campanhas de adoção
O Município de Gaia tem dado particular atenção aos animais, especialmente à problemática do abandono. A funcionar junto às oficinas municipais, antes da abertura da PATA, o CRA promoveu a adoção de cães e gatos que são recolhidos pelo Município, no decorrer das suas obrigações legais, bem como aqueles que são entregues pelos munícipes, porque se assume sempre que "todos têm potencial para serem adotados". Porém, e uma vez que previamente é feita a sua reabilitação, quer a nível físico, quer comportamental, as suas estadias com os tratadores e veterinários são frequentemente prolongadas durante vários meses, enquanto esperam por uma nova família.
Paralelamente, foram frequentemente promovidas iniciativas de interação com a comunidade, sensibilizando a população para a problemática do abandono dos animais, dando informação relativamente aos cuidados essenciais de maneio e profilaxia higio-sanitária a ter com os animais e dando a conhecer aos respetivos detentores das obrigações legais a que se encontram sujeitos.