Cozinha japonesa, cocktails e vistas panorâmicas no Attiko Lisboa

Nasceu em Seul, soma quase trinta anos de percurso gastronómico, já viajou mundo fora em trabalho, ajudando a abrir cerca de 50 restaurantes à escala global, mas confessa que Lisboa tem "um charme diferente". "É uma cidade linda, mais emotiva, mais humana, diferente de muitas outras cidades europeias, que podem tornar-se frias e secas, com demasiados edifícios altos e carros a mais. Em Lisboa, sente-se mais o coração da cidade", explica o chef renomado Kyung Soo Moon, diretor culinário e criador do Attiko, o restaurante e rooftop lounge que acaba de abrir portas em Lisboa, no 12.º piso do hotel ME Lisbon by Meliá, a dois passos do Marquês de Pombal.

Trata-se da terceira morada aberta no mundo, com estreia há quatro anos no Dubai, estendendo-se depois à cidade turca de Bodrum. Transversal a todos os espaços Attiko no mundo está a localização elevada, permitindo vistas panorâmicas sobre a urbe em redor, no nosso caso - as refeições fazem-se com vista sobre o Tejo, o Castelo de S. Jorge, o Terreiro do Paço, o Cristo Rei, o Parque Eduardo VII, o Miradouro da Graça e a Margem Sul, por exemplo.

Além disso, parte fulcral do ADN das três casas é a inspiração nipónica das respetivas cozinhas, que também bebem influências do território onde se inserem. "80% da carta faz-se da gastronomia japonesa, 20% faz-se de ingredientes e sabores locais", adianta o chef Moon, como é conhecido, sobre o novo restaurante gerido pelo grupo Sunset Hospitality, donos de espaços como o SushiSamba, Hanu e Sachi. A seu lado tem o chef andaluz Miguel Ángel Relova, que servirá como chef executivo no Attiko Lisboa, o mais recente desafio numa carreira de 17 anos pelo mundo, paixão que o levou a trocar, na altura, o ensino de Educação Física pelos temperos.

Todas as propostas que chegam à mesa são pensadas para partilhar, mostrando a diversidade da cozinha nipónica, dotada de "técnicas únicas", conta o chef Moon. O chef espanhol acrescenta, por seu lado, que o que mais admira nesta gastronomia não é apenas o respeito pelo produto. "É cultural, o respeito que eles têm entre si". Importa referir também que há alguns pratos exclusivos à morada alfacinha, dando palco a produtos como o bacalhau negro do Alasca, as ostras da Ria Formosa e peixes do nosso "mar rico", diz Moon, como o esturjão.

Nos frios, destaque para o crudo de salmão com ponzu, trufa, toranja e ovas do mesmo peixe; o carpaccio de atum bluefin com cebolete e molho soja trufado; o sashimi de lírio; e os tacos de atum picante e de milho doce. Nos quentes, vale a pena provar os sliders de waguy, em pão brioche, com cogumelos crocantes e aioli de trufa; o camarão crocante com maionese picante de chili e shichimi; e as guiozas de cogumelos e wagyu.

Nos principais, caranguejo-real do Alasca com manteiga de yuzu e lima; bacalhau negro num miso de yuzu e gengibre, picles de pepino; o polvo grelhado com puré de abóbora; as costeletas de borrego na grelha com chili, alho e sementes de sésamo; ou as yakitori, as tradicionais espetadinhas de frango, apesar de também se servirem as espetadinhas de barriga de porco; entre outros pratos. Já o Sushi Bar tem uma seleção variada de peças de sashimi, nigiri e maki, com aposta no atum, vieira, enguia, salmão, lírio, camarão-azul e ouriço do mar, entre outros.

Com cerca de 140 lugares, entre mesas, balcão e esplanada, o Attiko está aberto apenas para jantares ou para se beber um copo - aposta na mixologia de autor e nos vinhos da casa -, mas a ideia é, no futuro, estenderem o seu horário aos almoços. De quinta a sábado, junta-se à festa animação de DJ e serão habituais festas temáticas e noites de música ao vivo.

Attiko Lisboa
Hotel Me Lisbon by Meliá, Avenida António Augusto de Aguiar, 2, 12º piso, Lisboa
Web: theattiko.com/pt/lisbon
Das 19h à 1h, todos os dias.
Preço: yakitori desde 12 euros (duas peças); guiozas desde 11 euros (quatro peças); sliders de wagyu a 14,5 euros (duas peças).