Junto ao castelo medieval de Monsaraz e ao lago do Alqueva ergue-se um novo parque de dinossauros, o Megafauna. Diferenciando-se da oferta da região, o espaço que surgiu em forma de brincadeira reúne 63 réplicas de dinossauros em tamanho real, um parque de escavações, hologramas e projeções durante a noite.
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Não tivesse a pequena Rita, de nove anos, filha de Susana e Vasco Ambrósio, a ideia de colocar um dinossauro no meio dos outros animais do alojamento rural que os pais gerem, e o parque que agora inaugura em Monsaraz não seria uma realidade.
Por curiosidade, e dando pouca importância ao pedido na época, Susana deu por si a procurar os preços de uma réplica de dinossauro. Após alguma pesquisa encontrou um fornecedor, e aquilo que a princípio parecia impensável, começou a ganhar forma com sete "bonecos de dinossauros", como recorda a própria.
As figuras, em tamanho real e com detalhes realistas, foram instaladas na propriedade Monte Santa Catarina, um alojamento de turismo rural em Monsaraz, no Alentejo, gerido pelo casal. Foi a pensar nos mais novos, e na carência de diversões destinadas a esta faixa etária na região, que o casal decidiu avançar com o projeto.
"Como temos uma propriedade bastante extensa, achamos que podíamos dedicar parte do espaço a um percurso pedestre, onde as pessoas pudessem dar uma voltinha", refere a responsável. "Era uma proposta gira não só para a nossa filha como para as crianças que nos visitam ou ficam hospedadas connosco", constata.
A família dividiu as responsabilidades: da ideia original da filha Rita, seguiu-se a idealização do espaço por Vasco Ambrósio e a recolha e transmissão de informação por parte de Susana, através de placas, traduções e conteúdo relativo às espécies de dinossauros.
Um projeto em crescimento, com a aprendizagem como pilar
O projeto que começou como uma brincadeira, adquiriu proporções mais vastas com o decorrer dos dias. Atualmente, o parque contabiliza 63 dinossauros em exposição, acompanhados por placas identificativas e vídeos explicativos acessíveis através de um código QR.
Estas explicações ficam a cargo da pequena Rita, apaixonada por dinossauros e estudiosa da matéria. "Gravamos a voz dela durante quatro minutos e depois, com a ajuda de inteligência artificial, traduzimos para inglês e espanhol, alargando o leque de oferta ao público", refere Susana.
De facto, a aprendizagem é uma componente essencial do parque e uma preocupação crescente. Acompanhando as placas e os vídeos explicativos, o percurso conta com curiosidades sobre os dinossauros e um parque de escavações simulado para os mais novos, com 150 "ossos de dinossauros" para descobrir.
Ainda neste espaço o casal instalou um boneco réplica em tamanho real da espécie anquilossauro, para que as crianças possam trepar e brincar e ainda um bar aberto ao público.
Estações diferentes, horários diferentes
Os horários dos percursos variam de acordo com as estações do ano. No verão, e em parte devido às elevadas temperaturas da região, os trajetos são realizados à noite, permitindo utilizar hologramas de dinossauros em movimento. Com a chegada do outono, e já a partir de outubro, o parque fica aberto durante o dia, com as visitas noturnas reservadas para eventos específicos.
Nos planos futuros está ainda um mês dedicado ao Halloween, com percursos a realizarem-se à noite e decorações temáticas da festividade. Alargando o leque educativo do espaço, e abrangendo as escolas interessadas, o casal prevê também a exibição de vídeos específicos sobre as diferentes espécies com quizzes no final e um filme sobre o comportamento e vivências do tigre de sabre.
Atualmente, o parque Megafauna está aberto de terça a domingo, das 21h à 00h. No outono e inverno funciona das 11h às 17h e na primavera das 11h às 18h.
O bilhete tem o custo de 15 euros para adultos e dez euros para crianças dos cinco aos dez anos.