Foram 16 os nomes portugueses do mundo da gastronomia premiados no sistema de "facas" ("knifes", no original) na gala The Best Chefs Awards, decorrida quinta-feira, 2 de outubro, em Milão. A edição deste ano premiou o "recorde" de 783 chefs, oriundos de 69 países.
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Hans Neuner (Ocean, Porches) e José Avillez (Belcanto, Lisboa) são dois dos 16 chefs portugueses premiados na gala The Best Chefs Awards 2025, que decorreu em Milão, Itália, a 2 de outubro, e mantiveram-se no mais alto patamar do sistema de premiação de "facas" ("knifes"), com três facas ("O Melhor").
Com duas "facas" ("Classe Mundial") sagraram-se Dieter Koschina (Vila Joya, Albufeira), que subiu de uma para duas, Henrique Sá Pessoa (Alma, Lisboa), João Oliveira (Vista, Portimão), Vasco Coelho dos Santos (Euskalduna, Porto), Pedro Pena Bastos, (Ex-Cura e agora no Broto, Lisboa) e Ricardo Costa (The Yeatman, Vila Nova de Gaia).
Ganharam por fim uma faca (que representa um trabalho "Excelente") oito chefs portugueses, com Pedro Lemos (Pedro Lemos, Porto), Alexandre Silva (Loco, Lisboa) e Rui Silvestre (Fifty Seconds, Lisboa) a estrearam-se na premiação. Já Carlos Teixeira (Esporão, Reguengos de Monsaraz), George McLeod (SEM, Lisboa), Marlene Vieira (Marlene, Lisboa), Vítor Matos (Antiqvvm, Porto) e Rui Paula (Casa de Chá da Boa Nova, Leça da Palmeira) continuaram neste patamar.
No âmbito geral da premiação The Best Chefs Awards 2025, o chef Rasmus Munk, do restaurante Alchemist, em Copenhaga, manteve o primeiro lugar, onde estava desde 2024 (este ano a votação manteve o mesmo tipo de ranking para os três primeiros lugares, apesar de ter mudado para as premiações no sistema de "facas"). Seguiram-se Ana Roš - Hiša Franko, Slovenia, em segundo lugar, e Himanshu Saini - Trèsind Studio, UAE, em terceiro.
Nos prémios especiais, Andoni Luis Aduriz (Mugaritz, Espanha) recebeu o Legend Award; Mitsuharu Tsumura (Maido, Peru) foi distinguido com o Science Award; Sahar Parham Al Awadhi (Dubai) venceu o Pastry Award; Florencia Courreges (Féret, Argentina) conquistou o Rising Star Award; Tonny Botto (Itália) levou para casa o Art Award; Vicky Lau (Tate Dining Room, Hong Kong) recebeu o City Gourmet Award; e Virgilio Martínez (Central, Peru) foi distinguido com o Sustainability Award.
A cerimónia premiou um "total recorde de 783 chefs" este ano, com um novo "sistema de reconhecimento por níveis que oferece uma visão mais abrangente e inclusiva da excelência culinária". Ainda segundo comunicado da organização, "este ano, o número de votantes quase duplicou em relação ao ano passado, atingindo um total de 972, incluindo 572 chefs de 64 países e 400 profissionais do setor".
No website oficial The Best Chef Awards é possível consultar a lista completa dos vencedores e homenageados, localizando os prémios através de um mapa interativo e de um guia que visa facilitar "aos amantes da gastronomia de todo o mundo" a descoberta dos chefs e restaurantes reconhecidos.
No evento decorrido em Milão - "uma cidade há muito reconhecida como centro de cultura, design e gastronomia", considera a organização -, estiveram reunidos chefs, líderes da indústria e entusiastas da culinária de todo o mundo em dois dias de conversas, colaboração e muita criatividade. Além da cerimónia de entrega dos prémios, o programa contou com painéis de discussão e experiências gastronómicas.