Uma nova biografia sobre Steve Jobs explora a vida do génio da Apple, a partir da perspetiva da mulher com quem Jobs teve uma filha que nunca reconheceu. Num retrato íntimo, Chrisann Brennan admite que o sexo entre o casal era "sublime".
Corpo do artigo
A maioria das biografias sobre Steve Jobs, tanto as oficiais como as não autorizadas, descrevem a personalidade irrascível e difícil do criador do iPhone. Mas, no próximo dia 29 de outubro, chega às livrarias norte-americanas uma nova biografia que mostra um lado menos conhecido de Jobs. A autora é Chrisann Brennan, a mulher que esteve noiva do fundador da Apple e com quem teve uma filha.
Em "The Bite in the Apple: A Memoir of My Life With Steve Jobs", Chrisann Brennan assegura que foi a primeira noiva formal de Jobs e que a relação entre ambos foi preenchida por momentos altos e baixos. Um dos momentos, relata Brennan, aconteceu quando Jobs decidiu mudar-se com ela e com o seu melhor amigo, Daniel Kottke, para uma casa.
"Acreditava que isso ia quebrar a intensidade do que não funcionava entre nós, embora tenha decidido que não devíamos dividir o mesmo quarto." Porém, Jobs acabou por mudar de opinião um mês depois, ao instalar-se permanentemente no quarto da namorada.
A relação terminou em 1977, pouco depois de Brennan engravidar. Steve Jobs chegou mesmo a pedir um teste de paternidade, dois anos depois do casal ter terminado a relação.
A filha do casal, Lisa Brennan-Jobs, atualmente jornalista licenciada em Harvard, nunca foi reconhecida pelo pai. Ainda assim, o empresário pagou uma pensão mensal de 500 dólares (aproximadamente 370 euros, à cotação atual).
Entretanto, enquanto Steve Jobs construía o grande império multimilionário da Apple, Brennan conta que teve de trabalhar como empregada e de receber apoio social para conseguir sustentar a filha.
Brennan, que hoje trabalha como designer gráfica, crítica o caráter obsessivo de Jobs e a falta de fluidez na relação, mas lembra o sexo "sublime" que a marcou tanto a ela como a Jobs, que chegou a telefonar-lhe, quinze anos depois, a agradecer.