Um novo estudo, publicado esta quarta-feira na revista científica “Nature Astronomy”, sugere que a emissão das ondas de rádio para a Terra pode ter origem no movimento repetido de duas estrelas mortas que originam explosões de ondas de rádio.
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Alguns sinais de rádio misteriosos começaram a surgir e nem os cientistas conseguiam desvendar a sua origem. Ao longo destes anos, vários telescópios têm colaborado para o estudo destas emissões. Na última década, as emissões de rádio têm sido direcionadas para a Terra, a cada duas horas diárias, aparentemente provenientes da constelação Ursa Maior.
No entanto, cientistas australianos acreditam que estas ondas de rádio têm sido emitidas de uma parte sem precedentes do espaço por um par de estrelas mortas. Segundo os investigadores, estas duas estrelas, uma anã branca e outra anã vermelha, estão a orbitar firmemente uma em redor da outra, pelo que os campos magnéticos também interagem entre si e produzem uma explosão de ondas de rádio.
Antigamente, os astrónomos só traçavam ondas de rádio tão longas para as estrelas de neutrões, que são extremamente densas e que resultam da explosão da supernova. No entanto, este novo estudo sugere que estes sinais podem ter origem no movimento de duas estrelas presas num sistema binário, que está localizado a 1,6 mil anos-luz do sistema Terra. Os sinais são clarões curtos de sinais de rádio que podem durar segundos ou minutos.
O estudo destas emissões de rádio continua, uma vez que o fenómeno continua a impressionar os astrónomos.