Advogado de Cláudio diz que morte de Fábio Guerra foi um "acidente lamentável"
Miguel Santos Pereira, advogado de Cláudio Coimbra, considera nas alegações finais do julgamento da morte de Fábio Guerra que tal foi um acidente. "A verdade é que, se este acidente lamentável (morte de Fábio Guerra) não tivesse acontecido, não estávamos aqui a julgar os dois arguidos", afirmou.
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O advogado opôs-se à alteração da qualificação jurídica pedida pelo MP e considerou a acusação um "romance". "Esta acusação é um romance, quase um artigo que quer prender o leitor ao enredo descrito pelo Ministério Público, mas no tribunal há que descobrir a verdade", afirmou.
Miguel Santos Pereira frisa que a reação do seu cliente, perante a agressão a que foi sujeito, à porta da discoteca, foi "excessiva em alguns momentos", mas negou que tivesse provocado a morte de Fábio Guerra. "O relatório da autópsia é inconclusivo", defendeu.
Miguel Santos Pereira também pôs em causa que os polícias se tivessem anunciado como tal. "Das 14 testemunhas, apenas duas disseram que ouviram as vítimas anunciarem-se como polícias", afirmou o advogado, acrescentando que lhe causou alguma perplexidade falarem do treino e da capacidade física apenas dos arguidos: "Ninguém falou na capacidade física dos polícias, que têm treino específico e estão preparados para situação de conflitos", contrapôs.
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