Advogado de Cláudio diz que morte de Fábio Guerra foi um "acidente lamentável"

Discoteca Mome, em Lisboa, onde agente da PSP Fábio Guerra foi agredido até à morte
Leonardo Negrão / Global Imagens
Miguel Santos Pereira, advogado de Cláudio Coimbra, considera nas alegações finais do julgamento da morte de Fábio Guerra que tal foi um acidente. "A verdade é que, se este acidente lamentável (morte de Fábio Guerra) não tivesse acontecido, não estávamos aqui a julgar os dois arguidos", afirmou.
O advogado opôs-se à alteração da qualificação jurídica pedida pelo MP e considerou a acusação um "romance". "Esta acusação é um romance, quase um artigo que quer prender o leitor ao enredo descrito pelo Ministério Público, mas no tribunal há que descobrir a verdade", afirmou.
Miguel Santos Pereira frisa que a reação do seu cliente, perante a agressão a que foi sujeito, à porta da discoteca, foi "excessiva em alguns momentos", mas negou que tivesse provocado a morte de Fábio Guerra. "O relatório da autópsia é inconclusivo", defendeu.
Miguel Santos Pereira também pôs em causa que os polícias se tivessem anunciado como tal. "Das 14 testemunhas, apenas duas disseram que ouviram as vítimas anunciarem-se como polícias", afirmou o advogado, acrescentando que lhe causou alguma perplexidade falarem do treino e da capacidade física apenas dos arguidos: "Ninguém falou na capacidade física dos polícias, que têm treino específico e estão preparados para situação de conflitos", contrapôs.
14716316

