A Arquidiocese de Braga da Igreja Católica não encontrou nenhum ex-seminarista que correspondesse à descrição feita ao Ministério Público, por denúncia anónima, de alegados abusos sexuais de dois rapazes, um com 12 e outro com 17, ocorridos em 2014 e 2015.
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Em declarações ao JN, fonte do organismo religioso disse que o caso foi arquivado porque não foram encontradas quaisquer correlações com o caso: "Fizemos todas as pesquisas possíveis, porque estes casos têm de ser esclarecidos, mas nada apareceu", salientou a fonte.
O jornal online "Observador" publicou, originalmente, a notícia, dando conta do arquivamento do inquérito, ocorrido em setembro.
De acordo com a denúncia, o menor de 12 anos seria familiar do alegado agressor, que tinha, à data dos supostos factos, 24 anos de idade. Os abusos terão sido cometidos durante um ano, na casa da vítima, onde o suspeito ia para dar explicações. A informação, que foi entregue pela Comissão Independente para o estudo de abusos sexuais na Igreja Católica, ao Departamento de Investigação e Ação Penal junto do Tribunal de Braga indicava, que "o suspeito, também catequista, praticou sexo oral e anal, masturbação e manipulação dos órgãos sexuais com a vítima mais nova".
No caso do menor de 17 anos, afirmava que o seminarista tinha assistido com ele a filmes pornográficos, dentro e fora da igreja, além de o ter assediado, "por vários anos".
Ao todo, os organismos dependentes da Procuradoria-Geral da República terão já arquivado seis das 18 denúncias que lhes foram enviadas pela Comissão Independente.