O Ministério Público (MP) arquivou, este mês, o processo do incêndio que em março de 2021 destruiu um prédio na Lapa, no Porto, mas a dona do imóvel quer reabrir o inquérito, por acreditar que houve crime. No despacho, o MP alega que a Polícia Judiciária apurou que "a causa da deflagração do incêndio é desconhecida, não tendo sido possível apuramento ou identificação da respetiva fonte de ignição ou calor, bem como não foi apurado qualquer facto que indicie a prática de algum indício criminal".
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Ao JN, o advogado de Isabel Silva, dona do prédio, adianta que esta "propõe-se apresentar novos dados à investigação, para reabrir o inquérito e encontrar os autores do sinistro". Hernâni Gomes explica que a cliente "acredita que terá havido mão criminosa, uma vez que o incêndio deflagrou com a casa desabitada, sem luz e sem acessos pela rua".
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A família de Isabel tem lutado para reconstruir a casa, onde morava a avó, Adelina Águia - há uma campanha em curso no Facebook, mas debate-se com o arresto do prédio, peticionado pelos vizinhos. "Estamos há meio ano à espera que o tribunal profira uma decisão final sobre a providência cautelar, quando um processo urgente, como este, deveria demorar, no máximo, dois meses", aponta Hernâni Gomes.