
Afonso Zhou está desaparecido desde o dia 30 de outubro
Um jovem de 16 anos, de ascendência chinesa, está desaparecido há uma semana em Samora Correia, concelho de Benavente. Afonso Zhou terá saído de casa na manhã de segunda-feira, dia 30 de outubro para a escola, e não mais voltou.
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A irmã, Catarina Zhou, conta que Afonso levou apenas o telemóvel, aparelho que se desligou na terça-feira, e que as autoridades já fizeram buscas junto dos rios e onde houve avistamentos, mas sem sucesso. Afonso é filho de pais chineses que residem em Samora Correia e esteve durante alguns anos na companhia dos avós, na China. Regressou a Portugal há seis anos, quando tinha dez anos de idade.
Catarina Zhou conta que na manhã de segunda-feira, dia 30 de outubro, ela e os pais saíram antes de Afonso, deixando-o o sozinho em casa. O jovem iria para a Escola Básica de Porto Alto, onde frequenta o 9.º ano, mas não o fez. Através das redes sociais, o Agrupamento de Pais de Samora Correia deu conta do desaparecimento do jovem.
Os pais só deram conta do desaparecimento à noite quando regressaram e perceberam que Afonso tinha saído, mas sem a mochila da escola. Também não havia sinais de arrombamento, nem a casa estava de qualquer forma desarrumada, colocando-se de parte a hipótese de arrombamento e rapto, avançou a irmã do jovem desaparecido.
Afonso foi visto perto de um McDonald's em Samora Correia nessa segunda-feira e o seu telemóvel esteve ligado durante esse dia. De acordo com Catarina Zhou, o telemóvel desligou-se na madrugada de terça-feira e, enquanto esteve ligado, deu sinal perto de casa, mais precisamente junto ao restaurante de fast- food.
As autoridades partiram à procura do jovem e realizaram com os bombeiros buscas junto ao Rio Sorraia, colocando a hipótese de algum acidente. Não foi encontrado. Na terça-feira, uma pessoa garantiu que viu Afonso perto de um posto de abastecimento de Porto Alto. As autoridades realizaram buscas no local e já pediram imagens de videovigilância. Segundo a irmã, Afonso estaria acompanhado de um jovem com a mesma idade.
A Polícia Judiciária está a investigar o caso e os inspetores já falaram com a família. Catarina diz que estiveram em sua casa a procurar pistas que conduzam à localização de Afonso e perguntaram se o jovem tinha alguém que lhe quisesse mal. “Não havia nada fora do normal na rotina de Afonso, ele ia à escola e de vez em quando ia ao ginásio comigo, nada de mais”, avança a irmã.
A PJ já realizou uma reconstituição do percurso que o jovem faria desde casa até à escola, que é de cerca de dez minutos a pé, explica a irmã. O posto de combustível onde foi avistado encontra-se na direção oposta entre a sua casa e a escola. As autoridades continuam a procurar o jovem, mas até ao início da tarde desta terça-feira, não havia sinais do seu paradeiro, nem foi encontrada qualquer peça de roupa que o jovem pudesse usar no dia do desaparecimento.
