Condenado por assaltos violentos em cabeleireiros e bomba de gasolina. Cúmplice teve a mesma pena.
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Sérgio Ribeiro, conhecido como "China" foi condenado a nove anos e meio de prisão por cinco crimes de roubo qualificado e um de furto qualificado, numa vaga de assaltos violentos. Ao ouvir uma série de conselhos do juiz, antes da revelação da pena, por videoconferência a partir da cadeia de Monsanto "China" avisou logo que não estava interessado num "sermão. "Quero é cumprir a minha pena e ir para junto da minha mulher e das minhas filhas", afirmou.
O coletivo de juízes do Tribunal de Guimarães condenou o arguido a quatro anos e cinco meses por cada crime de roubo e dois anos e 11 meses pelo crime de furto. O cúmulo jurídico ficou nos nove anos e meio de cadeia.
Apesar do "gigante" registo criminal de "China", de 30 anos, por roubos, furto, tráfico, motim de presos e condução perigosa, o juiz-presidente avisou que a medida das penas era, ainda assim, uma "benesse" porque confessou parcialmente os crimes. "Quero que percebam isto para que não cometam outros crimes, porque isto não pode continuar", notou o magistrado, alertando para a juventude dos arguidos e para o seu cadastro. "O seu registo criminal é uma coisa por demais gigante. Só não cometeu crimes quando estava na cadeia", ironizou.
O tribunal considerou que "China" e o comparsa, Vítor, cometeram os crimes de que estavam acusados, já que a prova foi "abundante", nomeadamente quanto ao uso de uma faca. "Não há dúvidas que é uma senhora faca, enorme, real e abundante", afirmou.
Vítor, cujo cadastro é igualmente longo, também foi condenado a nove anos e meio de prisão. Os dois têm de pagar 1850 euros ao proprietário da bomba de gasolina que assaltaram, 1500 euros à cabeleireira e 2000 euros ao Estado.
Ana, a mulher que os acompanhava, foi absolvida. O tribunal considerou que não houve "prova suficiente" da sua participação nos roubos, e que também "não se pode falar em cumplicidade". "No vídeo [do furto a um cabeleireiro em Amares] há uma pessoa que se parece consigo que entra e sai, mas isso não é suficiente para dizer que teve uma intervenção como cúmplice", adiantou o juiz- presidente.
Roubos em série
Cabeleireiros
"China", Vítor e Ana estavam acusados de crimes de roubo qualificado num cabeleireiro em Famalicão e aos clientes que ali se encontravam, numa bomba de gasolina na Póvoa de Lanhoso e de um furto noutro salão de cabeleireiros, em Amares.
Liberdade condicional
Estes roubos aconteceram depois de "China" ter saído da cadeia em liberdade condicional, onde cumpria uma pena de dez anos. Vítor tinha saído da prisão em maio.