Átila Duarte matou a ex-companheira em frente aos filhos menores por não aceitar o fim da relação. Atacou ainda a enteada de 13 anos com um taco de basebol, a mesma que tentou violar um ano antes. Foi condenado a 25 anos de prisão pelo Tribunal de Sintra por homicídio qualificado e abuso sexual de crianças.
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O homicídio ocorreu na madrugada de 5 de outubro de 2022 na casa da vítima, na Quinta do Recoveiro, em Belas, concelho de Sintra. Átila, mineiro de 34 anos, entrou na casa da ex-mulher antes desta chegar, por volta das 00.43 horas e deparou-se com a filha de 13 anos de Cássia, a sua primeira vítima. A jovem foi agredida com um taco de basebol na nuca e no braço esquerdo, mas conseguiu fugir.
Cássia entrou em casa logo a seguir e foi surpreendida pelo agressor de faca em punho. A mulher foi atacada selvaticamente com 30 golpes de faca na cabeça e pescoço, acabando por morrer. Os gritos fizeram com que os filhos do casal acordassem e assistissem a parte do crime na sala de estar da casa. Átila fugiu e foram alertadas as autoridades pelo menino de nove anos. A jovem de 13 anos foi internada no Hospital de Santa Maria em estado crítico, mas sobreviveu.
No dia seguinte ao crime, pelas 8 horas da manhã, o arguido dirigiu-se à esquadra da PSP onde estavam os filhos para os ir buscar. Disse que nada tinha que ver com o crime, mas os menores não lhe foram entregues e este acabou por fugir para Aljustrel, onde trabalhava nas minas. A Polícia Judiciária de Lisboa viria no mesmo dia a encontrar o suspeito. Ainda sem ser detido e dentro da viatura da PJ, o homem conseguiu abrir a porta e saltar quando esta se encontrava em andamento na A2, em Palmela. Sofreu ferimentos, foi assistido no Hospital de Almada e acabou por ser detido. Foi agora condenado à pena máxima.
Abusou da enteada depois de se separar da mulher
Cássia e Átila casaram-se em 2011, no Brasil, onde tinham programas no YouTube sobre fitness e nutrição. Em 2019, passaram a viver em Portugal e separaram-se a 18 de junho de 2021. De acordo com a acusação, provada em tribunal, dias depois de se separarem, a 20 de junho, Átila ficou a tomar conta dos três filhos e da enteada, de 13 anos. Quando estavam na cama, o suspeito tentou abusar sexualmente da menor de 13 anos, tendo parado quando esta lhe pediu. De acordo com a acusação, o arguido estava “ciente que a ofendida o via como seu padrasto, e que por essa razão, tinha uma relação de dependência para consigo que limitava a possibilidade desta opor qualquer género de resistência”.