A desinfeção do edifício do Comando da PSP de Braga, onde existem 12 agentes infetados com Covid-19, levou à descoberta de dezenas de baratas.
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Um grupo de agentes da PSP de Braga esteve esta quarta-feira em Gondomar a fazer os testes de despistagem no âmbito de um plano de combate ao coronavírus no edifício do Comando Distrital. Um segundo grupo também fará testes. E há várias críticas à hierarquia, que o comandante distrital rejeita.
Entretanto, a desinfeção feita há dias no edifício do Comando, na sequência do diagnóstico de 12 agentes infetados com Covid-19, teve um efeito colateral: o aparecimento de dezenas de baratas mortas na zona dos vestiários dos polícias.
O surgimento das baratas causou mal-estar junto dos agentes, que criticam a alegada ausência de medidas de segurança na propagação da doença num espaço reduzido e o risco de contágio aos cidadãos, sublinhando que as viaturas nunca foram desinfestadas e foi vetado o uso de máscaras de proteção.
Comando rejeita críticas
Contactado pelo JN, o Comando rejeita os reparos, explicando que "a todo o pessoal foi distribuída uma viseira, de uso obrigatório".
"Apesar de ser considerado pela própria DGS que a viseira é suficiente para a prevenção, desde que a Direção Geral de Saúde aconselhou o uso de máscaras, passou a ser autorizado o seu uso cumulativo, se o agente assim o pretender e se sentir mais confortável", acrescenta.
Logo no início da crise pandémica, a estratégia da PSP - assegura o Comando - teve por base três eixos: "medidas de prevenção de contágio entre os polícias; definição de um plano de continuidade operacional, preparando-se para uma crise de longa duração, e, procedimentos operacionais que permitam aos polícias saber reagir, perante as ocorrências".
E prosseguindo, diz: "o Comando ao implementar o plano de contingência, implementou medidas de prevenção de contágio entre polícias, pelo que, e em momento nenhum, vai pô-las em causa, assim elas sejam cumpridas pelos profissionais como tem acontecido".
Acentua que "o facto de as operações de fiscalização englobarem as diferentes valências (EIR, Investigação Criminal e/ou outras), em nada contrariam este princípio, desde que sejam cumpridas as regras".
A terminar, os responsáveis "estranham a queixa de que há falta de acompanhamento, quando o próprio JN noticiou na sexta-feira (dia feriado) que o Comandante esteve no terreno a acompanhar o pessoal e existem fotos e filmagens que mostram oficiais na rua, em dias diferentes".