Ex-funcionário do F. C. Porto confrontado com novas provas da Operação Pretoriano
Fernando Saul, o ex-funcionário do F. C. Porto suspeito de ter participado na organização de um clima de intimidação na assembleia-geral de novembro do ano passado do clube, foi esta quinta-feira confrontado com novas provas pela PSP do Porto.
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Saul foi detido em janeiro, aquando da Operação Pretoriano, que levou à prisão preventiva de Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões.
O arguido é suspeito de ter ajudado Madureira e outros elementos da claque a criar os tumultos na assembeia geral extraordinária que era destinada a aprovar novos estatutos e um eventual financiamento direto do clube ao grupo de adeptos.
Recorde-se que Fernando Saul foi o único arguido que saiu dos primeiros interrogatórios judiciais com um simples termo de identidade e residência.
Desde as detenções, a investigação da PSP recolheu outros indícios que têm agora de ser revelados a todos os arguidos. As novas provas, sabe o JN, prendem-se com mensagens recolhidas de perícias forenses aos telemóveis dos arguidos, como também com novas imagens de videovigilância e testemunhos.
De acordo com a avogada de defesa de Saul, Cristiana Carvalho, os provas apresentadas ao cliente não são "nada de mais". "Não houve nada que já não estivesse no primeiro interrogatório judicial, portanto, foi só mesmo esclarecer algumas coisas", acrescentou, referindo, por exemplo, que algumas das mensagens agora expostas já tinham sido previamente esclarecidas pelo ex-funcionário do clube que servia de elo de ligação à claque.
Sobre o facto de estar para ser deduzida a acusação do Ministério Público, a advogada referiu que Saul está "completamente tranquilo. Não sou procuradora do Ministério Público, mas presumo que tendo em conta as diligências que têm sido feitas e pela experiência que temos, não haverá grandes diferenças, ou seja, vão ser todos acusados em princípio e, depois, se isso acontecer, haverá lugar, eventualmente, à abertura de instrução", explicou.