O antigo fuzileiro de Almada que, em 2011, disparou a matar contra a filha, médica, e a deixou tetraplégica, por acreditar que esta o trocara pelos pais do namorado, começou a cumprir, na última semana, a pena de 17 anos de prisão que lhe foi aplicada, pela primeira vez, em 2012.
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Um diferendo entre o Tribunal de Almada e o da Relação de Lisboa, por causa da audição de uma psiquiatra arrolada pela defesa, ditou a reabertura do julgamento na primeira instância por quatro vezes. Contudo, os juízes de Almada aplicaram sempre a mesma pena. A última vez foi em abril de 2022. Em setembro seguinte, a Relação de Lisboa confirmou a sentença. Mas, inconformado, o advogado de defesa Gameiro Fernandes recorreu, mais uma vez, para o Supremo Tribunal de Justiça.
Contestou que a pena do homicídio qualificado na forma tentada tivesse sido agravada, em um terço, pelo uso de uma arma de fogo, uma vez que aquele tipo crime já implica a recurso a “meio particularmente perigoso”, como uma arma. Assim, defendeu que havia ali uma “dupla agravação da pena” e pugnou por uma inferior a oito anos. Mas a pretensão foi negada pelos juízes conselheiros.