Antes da PSP, já a GNR e até a Marinha exigiam indemnizações aos membros que abandonavam os seus quadros para se tornarem inspetores da PJ. As duas instituições justificaram a medida com a obrigatoriedade da lei.
Corpo do artigo
É o recém-eleito presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal da PJ, Nuno Domingos, que recorda que os pedidos de indemnizações “começaram na GNR há cinco anos” e alastraram-se à Marinha.
E o certo é que, no final do ano passado, uma notícia do DN dava conta que antigos militares da GNR e uma oficial da Marinha que concorreram e foram admitidos na PJ foram notificados pelo Comando-geral da GNR e pelo Estado-Maior da Armada para pagar as indemnizações previstas no estatuto. Foi exigido o pagamento entre 1564,60 e 30 494,18 euros.
Apelos sem efeito
Na ocasião, os responsáveis pelas duas instituições defenderam que a lei obrigava a que fossem pedidas indemnizações a quem não cumprisse o serviço mínimo. E lembravam os custos tidos por GNR e Marinha com a formação dos membros que saíram para ingressar na PJ.
Na mesma altura, foram várias as vozes que discordaram da explicação e que apelaram ao comandante-geral, o tenente-general Rui Clero, e ao ex-Chefe de Estado-Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, para abdicar das compensações. Sem efeito.
Segundo a última edição do Relatório Anual de Segurança Interna, a GNR conta com 23 484 militares, a PSP com 20 098 polícias e a PJ com 1992 membros.