Um guarda do Estabelecimento Prisional de Beja está de baixa domiciliária, a ser tratado e medicamentado, depois de lhe ter sido diagnosticado tuberculose.
Corpo do artigo
Ao contrário do que tem sido noticiado por vários meios de comunicação, não há outros casos declarados ou sobre suspeita no Estabelecimento Prisional Regional (EPR) de Beja. A garantia foi dada ao JN por Filomena Araújo, diretora da Unidade e Saúde Pública (USP) da Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARSA).
Existem casos "em estudo, não confirmados" e outros casos que foram detetados "precocemente e que estão a ser tratados", justificou, lembrando que além do rastreio à população prisional, guardas e funcionários através do Centro de Diagnóstico Pulmonar (CDP), "são feitos testes aos familiares".
Filomena Araújo, assegurou que "não há razões para alarme", uma vez que "não existe" qualquer surto ou epidemia e que os rastreios "continuam a ser feitos" pelo CDP de Beja.
Por email, a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) "confirma" que a "única situação" é a de um guarda prisional que "deu positivo" a esta doença doença infecto-contagiosa e "desmente qualquer surto de tuberculose", no EPRBeja.
No documento, assinado por José Moreira, diretor de serviços da DGRSP, é também "desmentido" que na última semana, ou até mesmo nos últimos meses, "se tenha feito o transporte de reclusos para hospitais", nomeadamente de Caxias, em Lisboa.
Carlos Faleiro, delegado do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), reitera que há "um colega que deu positivo", garantindo que houve outros dois casos "entre presos, transportados para Caxias" mas a sua deteção foi "muito anterior" ao rastreio feito no EPRBeja "em dias de greve", nomeadamente nos dias 25 e 26 de abril.
O delegado sindical defende a atuação do diretor da cadeia e do chefe dos guardas por ser a "mais adequada", porque houve "pressão" para que a carrinha se tivesse deslocado ao estabelecimento.
O JN tentou contactar o diretor do EPRBeja, José Messias Pereira, mas não foi possível por se encontrar ausente, em reuniões de serviço.
O Estabelecimento Prisional de Beja tem cerca de 200 presos e 50 guardas, além de funcionários civis.