São antigas, têm quilometragem elevada e sinais de evidente desgaste, mas estão em condições de circular na rua. É este o estado em que se encontram as viaturas utilizadas pela Divisão Policial de Loures da PSP, que “vive uma situação muito delicada e grave quanto aos meios de apoio à sua atividade operacional”.
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Quem o diz é a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) que, em agosto do ano passado, abriu um inquérito, a que atribuiu caráter urgente, para avaliar o estado de conservação dos veículos. Segundo o relatório final, a que o JN teve agora acesso, as oficinas disponíveis, tanto as da PSP como as externas, “inequivocamente”, “se revelam insuficientes para a manutenção de um nível de operacionalidade adequado”. Por isso, a IGAI sugere que se adotem “medidas urgentes que mitiguem este estado das coisas” e permitam reverter “esta situação grave ao nível da manutenção da frota automóvel”.
Segundo esta entidade, ao longo de 2023, houve esquadras de competência genérica e de competência específica que não tinham veículos próprios para o exercício das suas funções, “tendo esta situação sido minimizada com a utilização de viaturas de outras divisões”. Houve ainda “atrasos no registo de ocorrências” e situações em que a Equipa de Intervenção Rápida teve de se deslocar operacionalmente “com algumas restrições”, por ter apenas uma viatura ligeira não adaptada ao seu serviço, “com limitações ao nível da capacidade de transporte dos seus equipamentos orgânicos” e de elementos policiais.