Os inquéritos abertos pelo Ministério Público visando crimes de colarinho branco aumentaram cerca de 25% em 2022. Passaram de 2865 investigações iniciadas em 2021 para 3598 entre 1 de janeiro e 25 de novembro deste ano. De todos os inquéritos abertos este ano, apenas 161 casos mereceram a dedução de uma acusação.
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Os dados são da Procuradoria-Geral da República (PGR), que os divulgou esta sexta-feira. "No período compreendido entre 1 de janeiro e 25 de novembro de 2022 foram registados 3598 novos inquéritos relativos a crimes de corrupção e criminalidade conexa, o que corresponde a um considerável aumento face à totalidade do ano de 2021, período em que deram entrada 2.865 inquéritos (em 2020, deram entrada 2.302 processos e, em 2019, 2.359 inquéritos)", adianta a PGR.
Em causa estão crimes de corrupção, mas também abuso de poder, administração danosa, branqueamento, participação económica em negócio, peculato, prevaricação, recebimento indevido de vantagem e tráfico de influência.
"No período em referência do corrente ano, foi proferido despacho de acusação em 161 inquéritos, aplicada a suspensão provisória do processo em 40 casos e arquivados 1.595 inquéritos", precisa ainda a PGR. Ou seja, perto de metade das investigações abertas pelo MP são arquivadas por falta de prova.